"Sinto-me de luto, como todos os lisboetas e todos os portugueses", afirmou o socialista.
O histórico socialista Manuel Alegre considerou, esta terça-feira, que o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, revelou falta de liderança perante o acidente com o elevador da Glória e também falta de educação nas críticas ao PS.
Em resposta aos jornalistas, à saída da Fundação Champalimaud, em Lisboa, Manuel Alegre, presidente honorário do PS, disse que se abstém de classificar a maneira como Carlos Moedas se referiu ao antigo ministro e dirigente do PS Jorge Coelho, já falecido, a propósito da queda da ponte de Entre-os-Rios em 2001.
O antigo candidato presidencial, que assistiu, esta terça-feira, à cerimónia de entrega do Prémio António Champalimaud de Visão 2025, foi questionado pela comunicação social à saída sobre o acidente da passada quarta-feira com o elevador da Glória, em Lisboa, que provocou 16 mortos e vários feridos com gravidade.
"Sinto-me de luto, como todos os lisboetas e todos os portugueses", começou por afirmar o histórico socialista.
Interrogado sobre a atuação do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Manuel Alegre respondeu: "Não me tem parecido bem. Acho que ele não assumiu a liderança da situação tal como devia assumir".
Na sua opinião, Carlos Moedas "foi muito infeliz" nas referências que fez ao PS: "Acho que houve aí também um problema de má educação na maneira como fez a crítica à candidata do PS à Câmara do Lisboa [Alexandra Leitão]".
"E algo que me abstenho de classificar na maneira como se referiu a Jorge Coelho, que não está cá para se defender e que teve uma atitude muito nobre e muito digna quando se demitiu depois daquele acidente", acrescentou o antigo deputado e vice-presidente da Assembleia da República.
Sobre a alegação feita no domingo, na SIC, por Carlos Moedas, de que Jorge Coelho, se demitiu de ministro do Equipamento Social porque tinha recebido informações no seu gabinete que apontavam para a fragilidade da ponte de Entre-os-Rios antes do acidente de 2001, Manuel Alegre contrapôs: "Nunca ouvi dizer, nunca ninguém falou em tal coisa. Ele fez aquilo num ato digno, num ato puro".
Quanto a uma eventual demissão do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que é recandidato ao cargo nas eleições autárquicas de 12 de outubro, Manuel Alegre retorquiu: "Não peço a demissão, esse é um problema da consciência dele".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não quis prestar declarações aos jornalistas à margem da cerimónia de entrega do Prémio António Champalimaud de Visão, que nesta edição de 2025 foi para a Fundação Fred Hollows, a Fundação Lions Club International e a Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira.
Na cerimónia, realizada no anfiteatro exterior da Fundação Champalimaud, estiveram também o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, o antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, e o candidato presidencial Luís Marques Mendes, entre outros convidados.
Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou a Fundação Champalimaud, presidida pela conselheira de Estado Leonor Beleza, que descreveu como uma instituição "portuguesa, mas também universal", como no seu entender é e será Portugal.
"Ser-se português é ser-se universal. Por isso é tempo perdido achar que se mudam quase nove séculos de história por causa de uma moda própria ou importada, de uma conjuntura social ou político-eleitoral. Tudo isso pode demorar uns anos, umas décadas. Antes e depois disso, a essência das coisas perdura", declarou o chefe de Estado.
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