Presidente da República referiu ainda que a candidatura portuguesa ao Conselho de Segurança em 2027-2028 tem "muitos compromissos" de apoio.
O Presidente da República considerou na quarta-feira que a 80.ª sessão da Assembleia Geral da ONU "correu bem para Portugal", referindo que a candidatura portuguesa ao Conselho de Segurança em 2027-2028 tem "muitos compromissos" de apoio.
Marcelo Rebelo de Sousa falou aos jornalistas na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), acompanhando pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, antes de viajar de regresso a Lisboa.
"Eu acho que a Assembleia Geral correspondeu a todos os objetivos definidos por Portugal", disse.
Segundo o chefe de Estado, o resultado das reuniões bilaterais mantidas dos últimos dias para promover a candidatura a um dos lugares não-permanentes no Conselho de Segurança em 2027-2028 -- a eleger em 2026, e a que Alemanha e Áustria também apresentaram candidaturas -- foi, "genericamente, francamente bom".
"O voto só é definido em junho, mas há já muitos compromissos, a juntar aos compromissos escritos que já existiam, confirmações ou revelações de posição", referiu.
No seu entender, "há um grande apreço pela atividade do secretário-geral das Nações Unidas", António Guterres, e "um grande apreço por Portugal e pela diplomacia portuguesa".
Entre os Estados-membros da ONU, há a perceção de que "Portugal é uma plataforma aberta a todos os continentes, não está fechado em posições eurocêntricas, está aberto à parceria com a África, à parceria com as Américas, nomeadamente a América Latina, com a Ásia e o Pacífico".
"Isso dito por vários países é gratificante", acrescentou.
Nesta deslocação a Nova Iorque, Marcelo Rebelo de Sousa teve reuniões bilaterais com altos representantes da Jordânia, Tajiquistão, Butão, Turquemenistão, Kiribati, Micronésia, Iraque, Kuwait, Tanzânia, Sri Lanka, Mónaco, Papua Nova Guiné e Quirguistão, entre outros.
O chefe de Estado realçou, no entanto, o trabalho do Governo e da diplomacia portuguesa neste processo, "um trabalho, como imaginam, insano", em que o seu papel é ajudar "na medida do possível".
"Foi com países múltiplos, dezenas de países, que falámos, e com um saldo global muito positivo. Positivo para Portugal, não é só pela questão da candidatura, é pelo prestígio que Portugal tem. Portanto, no essencial, penso que esta Assembleia Geral correu bem para Portugal", concluiu.
O Presidente da República, que está a menos de seis meses do fim do seu segundo mandato, participou pela sexta e última vez em representação de Portugal na Assembleia Geral da ONU.
Marcelo Rebelo de Sousa destacou também "a questão do reconhecimento do Estado palestiniano", por parte de vários países, entre os quais Portugal, nos dias anteriores a esta sessão da ONU.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, declarou formalmente o reconhecimento do Estado da Palestina no domingo, na Missão Permanente de Portugal na ONU, decisão à qual Marcelo Rebelo de Sousa manifestou "pleno apoio" e justificou com a tentativa de salvaguardar "uma nesga de caminho" para solução de dois Estados.
Na sequência dessa declaração, o Presidente da República discursou numa Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução dos Dois Estados, co-organizada pela França e pela Arábia Saudita, na segunda-feira.
A representação de Portugal no debate geral anual entre líderes mundiais tem alternado entre Presidente da República e primeiro-ministro. Marcelo Rebelo de Sousa esteve nas Nações Unidas em 2016, 2018, 2019, 2021, 2023 e agora em 2025.
Nas suas intervenções, defendeu o multilateralismo e manifestou apoio às prioridades de António Guterres como secretário-geral desta organização fundada em 1945 e à qual Portugal aderiu em 1955.
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