"Portugal não muda de valores e princípios, nem muda de lado", assegura o Presidente numa carta enviada ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou uma carta de felicitações pelo Dia Nacional da Ucrânia ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na qual acusa a Rússia de violar essa independência e critica "pretensos medianeiros" da paz.
Por ocasião do 34.º aniversário da independência, "o Presidente da República envia à Ucrânia, ao Povo Ucraniano e ao Presidente Volodymyr Zelensky um abraço ainda mais solidário", lê-se na carta divulgada pela presidência, em que Marcelo Rebelo de Sousa detalha porque diz "ainda mais solidário".
"Porque, agora como nunca, convém ao invasor que violou essa independência, fazer de conta de que não houve invasão. E de que é possível avançar para acordo de paz sem cessar-fogo e usar o acordo de paz para negociar parcelas do território ucraniano que ocupou e continua a tentar ocupar", afirma o chefe de Estado português.
Marcelo denuncia também que "surgem e surgirão pretensos medianeiros que, ainda há meses, eram entusiásticos apoiantes da Ucrânia e confundem, ostensivamente, paz digna, duradoura e respeitadora dos valores e princípios do Direito Internacional com o que convém a quem invadiu, ocupou e ocupa e tudo fez para ganhar tempo e apagar memória".
"Portugal não muda de valores e princípios, nem muda de lado", assegura o Presidente, afirmando que o país "continua ao lado da Ucrânia e sua independência, como antes de 2022, em 2022, 2023, 2024. Sempre".
O Presidente norte-americano, Donald Trump, está a preparar um encontro entre os líderes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, e tem falado em cedência de território, mas a participação dos beligerantes parece ainda longe de estar garantida.
Meses depois da invasão, em fevereiro de 2022, a Rússia declarou a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, depois de, já em 2014, ter invadido e anexado a Crimeia.
A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a legitimidade das anexações.
A Rússia ocupa atualmente cerca de 20% do território da Ucrânia, uma antiga república soviética que Putin defende que não devia ser um país independente, mas antes integrar a Federação Russa.
Kiev recusa qualquer cedência do território que tinha quando se tornou independente na sequência do colapso da União Soviética em 1991, e isso mesmo reiterou este domingo Zelensky numa mensagem alusiva ao dia da bandeira nacional.
"Esta bandeira é o objetivo e o sonho de muitos dos nossos compatriotas nos territórios temporariamente ocupados da Ucrânia. E eles protegem-na, mantêm-na segura, porque sabem que não entregaremos a nossa terra ao ocupante", afirmou, citado pela EFE.
A guerra da Rússia contra a Ucrânia causou dezenas de milhares de vítimas civis e militares, segundo estimativas de diversas fontes, embora o número preciso seja desconhecido.
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