Presidente da República diz que o sul-africano "deixa um legado para toda a humanidade".
O Presidente da República considera que o arcebispo emérito sul-africano Desmond Tutu, que morreu este domingo aos 90 anos, foi "uma das grandes figuras do século XX" e "deixa um legado para toda a humanidade".
Numa nota publicada no 'site' da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa recorda o vencedor do Prémio Nobel da Paz de 1984 como um "lutador maior pela justiça social, direitos humanos, liberdade e pluralismo na África do Sul" e salienta que "deixa um legado para toda a humanidade".
"Desmond Tutu foi uma das grandes figuras do século XX. Um século maldito em tantos aspetos, mas com marcos de superação e exemplos de humanismo que prevalecem nas nossas memórias. Cabe a todos nós, líderes do século XXI, sabermos preservar as lições intemporais que gigantes pela paz, como o arcebispo Tutu, nos deixaram", defende.
O Presidente da República assinala também "a sua coragem contra o Apartheid" que "correu os quatro cantos do mundo, reconhecimento que lhe valeu o Prémio Nobel da Paz em 1984".
"As marchas pacíficas que liderou mudaram mentalidades e tocaram fundo as consciências internacionais, a sua liderança na Comissão de Verdade e Reconciliação permitiu à nova democracia sul-africana uma amplitude moral e inclusiva, onde se integrava também a comunidade portuguesa, cuja consolidação resultava já do peso histórico pelo exemplo de Nelson Mandela", salienta.
Na mesma nota, o chefe de Estado indica que "neste dia de tristeza e de saudade", envia as "mais sentidas condolências" em seu nome e de "todos os portugueses" ao Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, bem como ao "povo amigo da África do Sul".
Desmond Tutu, arcebispo emérito sul-africano e vencedor do Prémio Nobel da Paz de 1984 pelo seu ativismo contra o regime de segregação racista do Apartheid, morreu hoje aos 90 anos, anunciou o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.
O arcebispo anglicano estava debilitado há vários meses, durante os quais não falou em público, mas ainda cumprimentava os jornalistas que acompanhavam cada uma das suas saídas recentes, como quando foi tomar a sua vacina contra a covid-19 num hospital ou quando celebrou os seus 90 anos em outubro.
Desmond Tutu ganhou notoriedade durante as piores horas do regime racista na África do Sul, quando organizava marchas pacíficas contra a segregação, enquanto sacerdote, pedindo sanções internacionais contra o regime branco em Pretória.
Com o advento da democracia, 10 anos depois, o homem que deu à África do Sul o nome de "nação arco-íris" presidiu à Comissão de Verdade e Reconciliação criada com o objetivo de virar a página sobre o ódio racial, mas as suas esperanças foram rapidamente frustradas. A maioria negra adquiriu o direito de voto, mas continua em grande parte pobre.
Depois do combate ao apartheid, Tutu empenhou-se na reconciliação do seu país e na defesa dos direitos humanos.
Contra a hierarquia da igreja anglicana, defendeu os homossexuais e o direito ao aborto, tendo nos últimos anos aberto como nova frente de combate o direito ao suicídio assistido.
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