Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas na véspera das comemorações dos 50 anos da independência de Angola.
O Presidente português desvalorizou esta segunda-feira o anterior "irritante" com Angola, sublinhando que as relações entre os dois países atravessam "um momento único" e apontou um "futuro promissor para ambos os povos", elogiando os portugueses que resistiram.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas após um curto encontro no Palácio Presidencial com o chefe de Estado angolano, João Lourenço, na véspera das comemorações dos 50 anos da independência de Angola.
Num encontro com portugueses na residência do embaixador em Luanda elogiou o papel da comunidade portuguesa no país, destacando a "resistência e persistência" dos que permaneceram nos períodos mais difíceis, contribuindo para a consolidação das relações bilaterais.
"Os grandes vencedores têm sido os portugueses e angolanos que persistiram e ganharam", declarou, sublinhando que, em dez anos como Presidente, houve apenas dois anos que não correram muito bem, devido a um "irritante" que dificultava as relações, referindo-se ao processo judicial contra o ex-vice-presidente angolano Manuel Vicente, que não chegou a julgamento em Portugal.
Já nos últimos sete anos, enfatizou, tudo correu "muito bem e nos últimos quatro foi ainda melhor", considerando que a melhoria resulta "do contributo do embaixador e de todos os que têm responsabilidade política, mas sobretudo dos portugueses que resistiram e continuaram".
O Presidente português disse que percebe o que acontece com milhares de portugueses que se apaixonam por Angola, referindo-se à ligação afetiva que sente com o país e à história da sua própria família, e aos seus tempos de docência no país africano, lembrando que teve "como alunos vários dos políticos de hoje".
Ao falar do futuro das relações entre os dois países, Marcelo Rebelo de Sousa disse que ficaram para trás recalcamentos e ofensas.
"Irritantes há sempre, mas percebeu-se que aquilo que nos une é muito mais importante do que aquilo que nos divide", destacou.
O chefe de Estado português assinalou que esta é "a última presença como Presidente, mas não como português", garantindo que "não vai deixar de acompanhar Angola".
Marcelo elogiou ainda o papel da diplomacia portuguesa, descrevendo o atual embaixador em Luanda, Francisco Alegre Duarte, que está em final de missão, como "excecional", sublinhando que "é muito difícil ser embaixador em Angola", enaltecendo os méritos e a "linhagem" do filho de Manuel Alegre.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou ainda que Portugal é uma potência, não pelo território físico nem pelas riquezas naturais, tirando o mar, "mas pela capacidade universal de ter uma diáspora única e pela capacidade de diálogo e de compreensão", que permitiu conquistar lugares de topo nas Nações Unidas e na União Europeia.
Marcelo Rebelo de Sousa concluiu a intervenção frisando que "Angola tem muito mérito, mas país como Portugal não há", destacando que "o que é bom para Portugal é bom para Angola"
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