Marcelo Rebelo de Sousa, que terá comido pouco ao almoço, apresentava tonturas, náuseas e cansaço extremo.
“Não é desta que eu morro”: Presidente da República relata telefonema com António Costa
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, teve alta médica esta quarta-feira, após ter desmaiado quando estava na Faculdade de Ciências e Tecnologia, na Caparica. O chefe de Estado foi transportado numa ambulância dos bombeiros da Trafaria para o Hospital de Santa Cruz, em Oeiras.
"A tensão estava muito baixa", explicou Marcelo Rebelo de Sousa à saída do Hospital Santa Cruz. "Comecei a ter os sintomas que tive em Braga, uma quebra de tensão repentina. Afastei-me do grupo e tentei fazer o que fiz em Braga", disse o Presidente da República, que adiantou que não conseguiu chegar ao edifício sem desmaiar. Marcelo explicou que saiu do hospital com um aparelho para analisar a tensão.
Durante as declarações feitas à saída do hospital, Marcelo falou ainda do telefonema de António Costa. "Dou-lhe uma tristeza, não é desta que eu morro. Estamos sempre a brincar para ver quem faz o elogio fúnebre um do outro", disse Marcelo Rebelo de Sousa quando atendeu o telefone ao primeiro-ministro.
A informação prestada por escrito pela Presidência da República, cerca das 15h45, era de que "o Presidente da República teve uma indisposição após uma visita na Faculdade de Ciências da Universidade Nova de Lisboa, e foi ao Hospital de Santa Cruz por precaução".
Marcelo Rebelo de Sousa foi observado, na faculdade, por uma equipa de uma viatura médica de emergência e reanimação do Hospital de S. Francisco de Xavier.
Para o local foram também acionadas duas ambulâncias da Trafaria, uma delas para levar o presidente "por precaução" para o Hospital de Santa Cruz, com quadro de desmaio.
Quando chegaram à faculdade, os Bombeiros da Trafaria encontraram o Presidente da República desmaiado e procuraram recuperar a consciência antes de entregá-lo aos paramédicos.
O primeiro quadro que os bombeiros encontraram no Presidente era reflexo de uma alimentação deficiente. Marcelo, que terá comido pouco ao almoço, sofreu uma hipovolemia e apresentava tonturas, náuseas e cansaço extremo.
O chefe da casa civil, Fernando Frutuoso de Melo, disse aos jornalistas que Marcelo "está bem disposto". "Desmaiou, mas recuperou rapidamente os sentidos. Nem queria que anulássemos a agenda de tarde", afirmou. "Ligou-me de telemóvel na ambulância. A equipa médica é a mesma que lhe fez a cirurgia em 2019", acrescentou.
Ao final desta tarde, o Dr. Miguel Mendes, diretor clínico do Hospital Santa Cruz em Carnaxide, falou aos jornalistas e atualizou o estado de saúde do Presidente da República. O médico confirmou que Marcelo estava bem e que tudo não passou de uma "situação benigna", acrescentando que os resultados dos primeiros testes foram positivos e que a alta hospitalar do Presidente da República dependerá da realização de outros exames.
António Costa também reagiu ao desmaio e manifestou esperança de que tudo "não tenha passado de um susto".
"Não vale a pena pedir ao Presidente da República para abrandar, não faz parte dele", acrescentou o primeiro-ministro.
"Liguei para o chefe da casa civil e para minha surpresa foi o Presidente a atender. Está bem disposto e com esperança de sair do hospital", confessou, antes de partilhar o "otimismo" de Marcelo em relação ao seu estado de saúde.
Marcelo Rebelo de Sousa estava em evento numa universidade quando desmaiou
O Chefe de Estado estava acompanhado da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Elvira Fortunato, a participar na Cerimónia de Inauguração do Laboratório de Nanocaracterização e Materiais Avançados NANOVA.
O Presidente da República assistiu a um concerto da tuna masculina da Universidade Nova de Lisboa.
Esta é a segunda vez que Marcelo Rebelo de Sousa desmaia em público. Em 2018, aquando de uma visita ao santuário do Bom Jesus, em Braga, o Presidente desmaiou após uma intoxicação alimentar aguda que resultou numa desidratação.
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, já esteve com Marcelo no Hospital Santa Cruz, em Carnaxide, numa visita que durou cerca de 30 minutos.
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