"Nunca aconteceu isso, até hoje", afirmou o Presidente da República
1 / 3
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reiterou esta quinta-feira que não chegou a falar com o ex-diretor da Política Judiciária Militar, no dia em que visitou Tancos, contrariando o que o próprio afirmou na quarta-feira no parlamento.
"O que se passou foi tão simples quanto isto. No fim da visita que fiz a Tancos, o senhor ministro da Defesa chamou para perto de mim o senhor, então, diretor da Polícia Judiciária Militar, e disse 'olhe, eu gostava de falar consigo'", começou por contar Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que "nunca aconteceu isso, até hoje".
"E, olhando para trás, provavelmente foi sensato nunca ter acontecido", salientou Marcelo aos jornalistas.
O chefe de Estado falava aos jornalistas à chega à Fundação Gulbenkian, onde participou na sessão solene o Congresso Internacional da Deficiência Visual "Sociedade Inclusiva + Participação Responsável = Cidadania Plena", promovido pela ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal.
"Eu já desmenti há seis meses. Não posso, de seis em seis meses, estar a desmentir o que uma pessoa diz", vincou.
O chefe de Estado afirmou que "apenas disse que falaria com ele oportunamente, quer dizer que não disse mais nada".
"A única vez em que eu tive a possibilidade de dirigir palavra a essa pessoa foi aquela, no fim da visita em Tancos e para dizer havemos de falar. Nunca falei e hoje estou feliz por nunca ter falado", apontou.
Já numa nota publicada quarta-feir no 'site' da Presidência da República lia-se que, "como o Presidente da República já disse várias vezes, no final da visita a Tancos, o então ministro da Defesa trouxe para junto de si o então diretor da Polícia Judiciária Militar".
"O Presidente da República disse-lhe que haveria de o receber oportunamente, audiência que acabou por nunca se realizar", acrescenta a nota.
O ex-diretor da Polícia Judiciária Militar afirmou na quarta-feira que o Presidente da República lhe terá garantido que falaria com a ex-Procuradora-Geral da República, depois de queixas suas sobre a direção do inquérito não furto de Tancos.
Ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao furto de material de guerra em Tancos, Luís Vieira acusou a ex-PGR Joana Marques Vidal de ter cometido "uma ilegalidade" ao retirar a direção do inquérito à Polícia Judiciária Militar (PJM), estando em causa "crimes estritamente militares" que assim "ficaram por investigar".
O ex-diretor nacional da PJM, arguido no processo que investiga o furto e recuperação do material de guerra, contou que na tarde do dia 03 de julho falou com o então ministro da Defesa Nacional sobre o assunto e que Azeredo Lopes lhe terá dito para "aparecer" em Tancos no dia seguinte, porque iria convidar o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a visitar aquela infraestrutura crítica.
Nessa ocasião, depois da visita ao perímetro dos paióis, houve uma "reunião na casa da guarda" na qual, segundo Luís Vieira, o Presidente da República o questionou sobre o andamento das investigações.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.