Assessora da Presidência revela que Nuno Rebelo de Sousa a acusou de "inação".
Maria João Ruela, assessora para os Assuntos Sociais na Presidência da República (PR), garantiu que não foi dado nenhum tratamento de excecionalidade às gémeas luso-brasileiras tratadas com o medicamento Zolgensma para a atrofia muscular espinhal no Hospital de Santa Maria. "Da Presidência da República não houve qualquer tipo de ajuda", salientou.
Na comissão parlamentar de inquérito a este caso, Ruela revelou que teve uma postura idêntica à que adotou "nos muitos casos" que chegam à PR e admitiu ter pedido indicações ao Chefe da Casa Civil, Fernando Frutuoso de Melo, face à insistência de Nuno Rebelo de Sousa para agilizar o processo.
"Desliguei-me deste processo ao fim de dois dias", explicou Ruela, mencionando o e-mail enviado por Frutuoso de Melo, que lhe pedia para tentar perceber do que se tratava e uma mensagem enviada ao filho do Presidente da República para saber mais pormenores sobre o caso.
A assessora relembrou o caso da bebé Matilde, primeira bebé com atrofia muscular espinhal tratada com o medicamento em Portugal. Pela repercussão social que a história da criança teve, o País ficou a par da doença rara, bem como de todas as complicações que esta traz à vida dos portadores. Devido a essa noção, quando soube que havia duas crianças portuguesas que sofriam da mesma doença, focou-se em perceber onde as meninas estavam e pediu o contacto dos pais por achar "que poderia ser útil". Percebeu que as irmãs estavam em São Paulo, no Brasil, mas que os pais estariam preparados para as levar para Portugal para aceder ao tratamento, garantindo que nunca chegou de facto a contactar a família nem a fazer outra diligência.
Ruela explicou que após alguma insistência de Nuno Rebelo de Sousa, este fez queixa ao seu chefe, Frutuoso de Melo, devido à sua "inação" e que a partir daquele momento o filho do Presidente passou a estar em conversações com ele relativamente ao caso das gémeas.
Durante a CPI, Ruela foi confrontada com o facto de o relatório da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) ter a indicação de que a PR falara com o Hospital de Santa Maria. No entanto, a consultora disse que se alguma unidade hospitalar foi contactada só pode ter sido a de Dona Estefânia, afirmando não se recordar desse contacto. Após a pressão dos deputados relativamente a esta incoerência, a assessora argumentou que a PR cometeu um lapso ao referir-se ao Hospital de Santa Maria.
Recorde-se que o processo de alegado favorecimento das gémeas tem como arguidos
Recorde-se que o processo de alegado favorecimento das gémeas tem como arguidos António Lacerda Sales, ex-secretário de Estado da Saúde, e Nuno Rebelo de Sousa, filho do Presidente da República. Na quinta-feira, será ouvido Francisco André, ex-chefe de gabinete de ex-primeiro-ministro António Costa.
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