Coordenadora do BE não estendeu agradecimento ao Governo, pela falta de apoio político.
A coordenadora do BE Mariana Mortágua agradeceu esta terça-feira ao cônsul e à embaixadora em Israel o acompanhamento dado aos quatro portugueses da flotilha humanitária, mas não o estendeu ao Governo, pela falta de apoio político.
"Quero aproveitar por fazer um agradecimento público ao acompanhamento consular que nos foi dado. Ao cônsul e à embaixadora, que prestaram todos os serviços, todo o apoio necessário. Fazendo este agradecimento público, faço-o à nossa estrutura diplomática, ao cônsul em Israel e à embaixadora em Israel, e não estendo este agradecimento ao Governo nem ao apoio político", disse esta terça-feira a líder do BE.
Em declarações aos jornalistas em Leiria, onde entrou na campanha autárquica do partido - que, naquele concelho, concorre coligado com o Livre e o PAN - Mariana Mortágua disse "lamentar todas as ações políticas deste Governo relativamente à Palestina e as declarações que foram feitas em relação à flotilha. E queria que estas declarações encerrassem este tema, para que nos possamos focar nas autárquicas".
Antes, tinha assumido que é bom estar de volta: "É muito bom ter os pés no chão em Portugal, é muito bom estar na minha terra e entrar na campanha [autárquica]".
Manifestou-se ainda "muito ansiosa" e expectante sobre o regresso ao contacto com as pessoas na rua: "Estou muito ansiosa por esse contacto. A minha primeira experiência de contacto com as pessoas no aeroporto de Lisboa [ao regressar de Israel] devo dizer que superou todas as expectativas e quero agradecer muito (...) E estou muito ansiosa para fazer campanha por todo o país", vincou.
Sobre se a sua ausência em grande parte da campanha eleitoral para as eleições autárquicas, que termina na sexta-feira, poderá ter prejudicado o partido, Mariana Mortágua manifestou a certeza de que o Bloco "ficou a ganhar" quer com a presença da deputada Andreia Galvão, que a substitui na Assembleia da República, e da dirigente nacional Marisa Matias, multiplicando vozes, presenças e caras.
"Temos sempre a ganhar quando somamos vozes no Bloco de Esquerda e quando conseguimos somar a voz do Bloco de Esquerda à de outra forças políticas, para mudar o país", argumentou.
"E é isso que queremos fazer, queremos mudar o país, queremos eleger autarcas nestas eleições autárquicas que possam pôr os transportes, a qualidade de vida, a habitação, o ambiente em primeiro plano. Estou convicta de que é isso que vai acontecer, e tenho sentido muita energia em todos os lados e as notícias que recebo são de esperança e de energia", notou.
Em Leiria, onde participou numa ação de campanha na estação ferroviária, acompanhada da deputada do Livre Isabel Mendes Lopes agendada para contactar com utentes da Linha do Oeste, Mariana Mortágua teceu críticas ao primeiro-ministro por causa do anunciado aumento em 40 euros do complemento solidário para idosos no próximo Orçamento do Estado, medida que considerou eleitoralista, por fazer "um anúncio avulso acerca de um Orçamento do Estado que mais ninguém conhece".
Críticas, também, ao antigo líder do PSD, Pedro Passos Coelho e ao Chega: "O Chega consegue ser tudo, consegue ser oposição ao Governo, muleta do Governo, consegue negociar com o Governo. E nós hoje mesmo ouvimos Pedro passos Coelho a dizer que não é preciso ter linhas vermelhas com o Chega na campanha autárquica, a propósito de um outro município, mas que, tenho a certeza, se estende ao país".
Mariana Mortágua argumentou ser "interessante, e talvez irónico" que no mesmo dia em que Passos Coelho, líder de um governo "que cortou nas pensões", entrou na campanha autárquica, Luís Montenegro tenha escolhido "apresentar avulso uma medida do aumento do complemento solidário para idosos, tentando conquistar os mais idosos do país, os mais pobres, e fazendo esquecer aquilo que o PSD os fez sofrer no passado, numa altura em que André Ventura e Passos Coelho estavam juntos (...) As políticas de direita não trazem nada para o país", alegou.
A líder do BE falou também de imigração, defendendo uma política humanista em Portugal, alegando que a política do Governo não o é e reclamando leis "que não empurrem as pessoas para a clandestinidade".
Questionada sobre as declarações do presidente da Câmara de Lisboa e recandidato ao cargo, Carlos Moedas, que, face à ausência de Mariana Mortágua, na segunda-feira, do comício da coligação de esquerda liderada por Alexandra Leitão (PS) afirmou que a líder do Bloco estaria a ser "escondida", esta reclamou direito ao descanso.
"Espero que me deem, pelo menos, direito a um descanso de 24 horas, depois de uma longa e dura viagem. Quanto a Calos Moedas, terei o prazer de o presentear com a minha presença na campanha de Lisboa muito em breve", revelou.
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