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Bloco disponível para ‘gerigonça’ e acordo com PS

Eleições antecipadas estão marcadas para o dia 18 de maio.

08 de abril de 2025 às 21:13

Mariana Mortágua considerou, esta terça-feira, que quem acha que "criar armas é o futuro" é porque quer mandar os filhos para a guerra. Opinião que Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, contrariu no debate feito na SIC, uma vez que defende "autonomia do ponto de vista da defesa".

O líder socialista apelou esta terça-feira a que não se dispersem votos à esquerda porque só a vitória do PS permite uma alternativa à AD, tendo a coordenadora bloquista criticado que a "bala de prata" de Pedro Nuno Santos seja Luís Montenegro.

No debate entre o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, - a estreia de ambos nos frente a frente para as legislativas - habitação, defesa e imigração marcaram as principais diferenças entre os dois líderes, que concordaram nas críticas aquilo que consideram ser a inação do Governo português perante as tarifas dos Estados Unidos.

Na reta final, o tema da governabilidade marcou duas visões distintas, com Pedro Nuno Santos a afirmar que "só haverá alternativa à AD se o PS vencer estas eleições", recordando que em 2024 o Presidente da República convidou o partido mais votado a formar Governo.

"Quero pedir ao povo português e aos eleitores que votam à esquerda para não dispersarem votos porque nós hoje podíamos ter um Governo do PS e não ter a AD a governar se não tivesse havido a dispersão de votos que tivemos há um ano", apelou, recordando que o PS perdeu por cerca de 50 mil votos e o BE teve nessas eleições cerca de 280 mil votos.

Na resposta, Mariana Mortágua contrapôs esta ideia porque, segundo dia, o "primeiro lugar não determina nada". "Aquilo que Pedro Nuno Santos está a dizer quando diz que quer ser o mais votado e que espera uma viabilização do PSD é que tem uma bala de prata e que a bala de prata de Pedro Nuno Santos é Luís Montenegro", criticou.

Segundo a líder bloquista, o líder do PS está à espera que o primeiro-ministro, que todos os dias acusa de "não ser confiável", lhe "dê a confiança para governar com base no seu apoio". Sobre a disponibilidade do BE para um acordo pós-eleitoral, tal como em 2015, Mortágua respondeu que "há sempre". 

Este foi o terceiro debate televisivo de uma série de 27 frente-a-frente entre as forças políticas com representação parlamentar que terminará três semanas depois, a 28 de abril.

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