Candidato às eleições presidenciais considerou que o relatório preliminar deixa "críticas sérias relativamente à Carris", mas recusou pedir demissões.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes considerou esta terça-feira que o relatório preliminar sobre o elevador da Glória deixa "acusações graves" à Carris e considerou que cabe aos gestores da empresa avaliarem se têm condições para continuar.
Em declarações aos jornalistas no final de uma visita à Academia Jorge Pina, em Lisboa, o candidato às eleições presidenciais do início do próximo ano considerou que o relatório preliminar deixa "críticas sérias relativamente à Carris", mas recusou pedir demissões.
"Eu não vou tomar decisões em matéria de rolar cabeças, nem defender isso e, muito menos, tomar decisões. Não é o que me compete. Mas há um conjunto de acusações grandes à Carris e, portanto, os gestores da Carris, são eles próprios que devem decidir se têm condições ou não têm condições para continuar", defendeu.
Luís Marques Mendes considerou que as conclusões preliminares "são bastante duras relativamente à Carris" e que "compete aos gestores da Carris analisarem e avaliarem se têm condições para continuar ou para sair".
"Mas isso é a decisão deles, e eu não estou a pedir nenhum rolar de cabeças, porque isso não é a minha competência", afirmou.
Luís Marques Mendes pediu também brevidade na divulgação do relatório final, que "não demore muito tempo, porque têm que ser tomadas decisões".
"Não é aceitável, não é admissível que agora, depois do relatório preliminar, haja muitos meses até ao relatório final", considerou.
O relatório preliminar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) detetou falhas e omissões na manutenção do ascensor da Glória, apontando também a falta de formação dos funcionários e de supervisão dos trabalhos efetuados pela empresa prestadora do serviço.
O acidente com o elevador da Glória, ocorrido em 03 de setembro, causou 16 mortos e cerca de duas dezenas de feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades.
Num relatório preliminar às causas do acidente, a que a Lusa teve acesso, o GPIAAF apontou, nomeadamente, falhas à Carris, à manutenção e à supervisão.
O relatório preliminar do GPIAAF revela que o cabo que unia as duas cabinas do elevador da Glória e que cedeu no seu ponto de fixação da carruagem que descarrilou não respeitava as especificações da Carris, nem estava certificado para uso em transporte de pessoas.
Este organismo público detetou falhas e omissões na manutenção do ascensor, apontando também a falta de formação dos funcionários e de supervisão dos trabalhos efetuados pela empresa prestadora do serviço.
O GPIAAF diz, por exemplo, que as inspeções previstas para o dia do acidente "estão registadas como executadas, embora detenha evidências de que não foram feitas no período horário indicado na correspondente folha de registo".
Aquele gabinete recomenda ainda à Carris que não reative os ascensores de Lisboa "sem uma reavaliação por entidade especializada", e ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes que implemente um quadro regulamentar apropriado.
Na sequência da divulgação deste relatório, a Carris disse desconhecer qualquer incumprimento por parte da empresa que fazia a manutenção do elevador e indicou que o processo de aquisição do cabo ocorreu num mandato anterior ao do atual conselho de administração.
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