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Marques Mendes: "Nunca tive nenhum almoço com Gouveia e Melo" ou André Ventura

Social-democrata defende que merece o apoio dos portugueses "por duas razões: experiência e independência".

24 de setembro de 2025 às 21:44

Luís Marques Mendes mostrou-se esta quarta-feira preocupado com a questão da Educação, Saúde e Habitação. Em entrevista à SIC Notícias, o candidato às Presidenciais lamentou que haja mais vagas no Ensino Superior do que candidatos. 

"Neste momento temos um problema sério que pouco se está a debater em Portugal: o acesso ao Ensino Superior", começou por dizer. "Há mais vagas do que candidatos, ao contrário do que acontecia antigamente. Isto é muito mau. Com uma licenciatura os jovens têm mais condições para competir no mercado de trabalho."

Questionado se se deveria limitar o acesso dos menores às redes sociais disse apenas que se trata de uma "matéria limitada". Enquanto isso, afirmou que a proibição dos telemóveis nas escolas até ao 12º ano é uma "matéria a considerar".

Já sobre a imigraçao, defendeu que "se podermos incentivar a vinda de imigrantes melhor. [Haveria] grandes vantagens" e aproveitou para acusar o Chega de "usar os imigrantes para obter votos". Relativamente à situação que se vive na Faixa de Gaza alegou que se trata de um "massacre intolerável" e não de um "genocídio".

Questionado sobre se haveria almoçado com algum dos candidatos às Presidenciais, garantiu que nunca o fez com o líder do Chega, André Ventura, nem com Gouveia e Melo. "Com André Ventura nunca na vida. [O almirante] Gouveia e Melo conheci nos tempos da vacinação. Mas não tive nenhum almoço", garantiu o candidato a Belém.

Marques Mendes deixou ainda duras críticas a Gouveia e Melo, depois de o almirante ter admitido numa entrevista que poderia fazer cair o governo de Passos Coelho se fosse Presidente da República. Defende que caso assim fosse "abria-se uma crise política".

"Cada vez que fala fico mais preocupado. Falta-lhe experiência para estas matérias", começou por dizer, ao considerar que "já tivemos dissoluções a mais" e que "o papel do Presidente é de [garantir] a estabilidade e não a instabilidade".

Por contraste, o social-democrata defendeu que merece o apoio dos portugueses "por duas razões: experiência e independência". Sobre a experiência explicou: "Tenho a experiência de conhecer o País e de fazer pontes entre partidos. Passei uma vida inteira a fazer entendimentos entre os partidos". Já sobre a independência reiterou: "[Passei] 12 anos a fazer comentários políticos [onde] ficou clara a minha independência".

Além disso, admitiu que daria posse a um governo Chega. "Se o Chega ganhar as eleições darei posse a um governo Chega [e] indigitarei o líder do Chega primeiro-ministro."

Já questionado se conta com o apoio do antigo Presidente da República, Cavaco SIlva, respondeu: "É uma decisao que só Cavaco Silva poderia tomar. Se tiver o apoio dele fico satisfeito, se não, fico confortável". Sobre Passos Coelho, disse apenas que tem uma "grande estima" pelo antigo primeiro-ministro porque exerceu funções "no período mais difícil da Democracia portuguesa". "Foi muito corajoso e responsável", defendeu.

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