Candidato presidencial defendeu que a governante deve explicar "o que é que está a fazer ou não para mudar este estado de coisas".
O candidato presidencial Marques Mendes apelou esta quarta-feira à ministra da Saúde para se concentrar na resolução do problema dos nascimentos fora das maternidades e explicar ao país o que está a ser feito para alterar a situação.
"Que haja um caso ou outro, a título excecional, por ano, todos compreendemos. Que isto se esteja a generalizar e a normalizar não é aceitável e a ministra da Saúde tem que dar atenção a isto e tem que vir falar ao país", afirmou Marques Mendes.
De visita a Évora, o candidato foi questionado pelos jornalistas sobre o caso, noticiado pelo Correio da Manhã, de uma mulher que deu à luz num Uber, em Loures, quando estava a ser transportada para o Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa.
Marques Mendes, que falava aos jornalistas após uma apresentação da Capital da Cultura Europeia Évora_27, na sede da associação gestora, defendeu que a governante deve explicar "o que é que está a fazer ou não para mudar este estado de coisas".
"O país faz o discurso de que é preciso estimular a natalidade e, depois, todos os dias ou todas as semanas, temos problemas em que mulheres dão à luz fora das maternidades. Isto não é possível, é uma contradição, é grave e é preocupante", salientou.
Para o candidato presidencial, uma família, e em particular uma mulher que pretenda ter filhos, olha para casos como este "e sente-se frágil e vulnerável".
"Isto é exatamente o contrário do que os políticos dizem, que querem aumentar e estimular a natalidade, o que significa que o Ministério da Saúde não pode olhar para estas matérias já como coisas normais. Não, isto não é normal", sublinhou.
Reiterando que a ministra Ana Paula Martins deve dizer ao país o que está previsto para mudar a situação, Marques Mendes foi perentório: "Se não tem previsto nada, então deve prever. Se tem previsto, é bom que os portugueses conheçam", realçou.
"Não podemos estar a defender incentivos à natalidade e, depois, pactuar com esta situação em que mulheres grávidas dão à luz fora das maternidades", porque "evidentemente é um perigo, uma anormalidade e uma completa injustiça", insistiu.
Luís Marques Mendes foi ainda questionado pelos jornalistas sobre a resposta do também candidato presidencial Gouveia e Melo às suas críticas pedindo elevação na linguagem na forma como o classifica, mas escusou-se a retorquir.
"Há mais vida para além do senhor almirante Gouveia e Melo e hoje há assuntos, sobretudo no domínio da cultura, que são mais importantes. O país é sempre mais importante que a circunstância de cada um de nós", sublinhou.
A propósito de Évora_27, o candidato destacou que se trata de uma iniciativa com uma "marca muito forte" de cultura, um setor "importante de desenvolvimento", e com abrangência "local, regional, nacional e europeu".
"Este é o projeto como gosto, de unidade, de unir as pessoas, os que são de direita, os que são de esquerda, os que são do Alentejo, são fãs do Alentejo, todos se podem rever e estar abrangidos neste projeto", sublinhou.
Marques Mendes confessou que gostaria de estar presente na abertura da iniciativa, prevista para o dia 06 de fevereiro de 2027, na qualidade de Presidente da República, mas lembrou que essa decisão está nas mãos dos portugueses.
"Se quiserem, fico satisfeito, mas, se não quiserem, também não vou ficar zangado com ninguém", acrescentou o candidato, antes de se encontrar com o presidente da Câmara de Évora, Carlos Zorrinho, no último ponto de agenda na cidade alentejana.
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