Candidato da coligação PS/Livre alertou para o problema do aumento dos preços de construção.
O candidato do PS/Livre à presidência da Câmara de Lisboa dedicou a manhã desta quarta-feira a visitar projetos de renda acessível em obras, onde acusou o principal adversário de não ter nenhuma proposta credível para resolver os problemas de habitação.
Numa visita a um projeto de renda acessível em Entrecampos, perto da antiga Feira Popular, Fernando Medina mostrou um mapa com várias obras de habitação pública concluídas, em construção e em estudo, estimando "fazer as atribuições de 5.000 casas" de renda acessível durante o próximo mandato.
Questionado pelos jornalistas sobre se o objetivo será cumprido, tendo em conta que o ainda presidente da Câmara falhou a promessa de atribuir 6.000 casas no atual mandato, Medina explicou que, neste momento, "as obras já estão [mais] avançadas" em relação há quatro anos.
O candidato da coligação PS/Livre acredita que os problemas de conflitualidade com os tribunais sejam menores durante o próximo mandato, mas alertou para o problema do aumento dos preços de construção.
"Eu admito que nós tenhamos menos conflitualidade, mas vamos ter mais problemas do ponto de vista dos preços e mais problemas do ponto de vista de empresas capazes de virem aos concursos e de realizarem obras diretas", salientou.
Já relativamente às críticas de Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), que o acusou na terça-feira de "arrogância", "prepotência", "falta de transparência" e "impunidade", Medina respondeu que está "concentrado em resolver os problemas da cidade", ao contrário do seu adversário.
"Tantos meses e tantos cérebros a pensar e não conseguiram ter nenhuma solução nem nenhuma proposta credível para resolver os problemas da habitação", criticou.
"A habitação é um problema central, nós temos um plano, temos respostas que já estamos a dar às pessoas. Nós temos um plano muito concreto, muito objetivo, credível, realista, como acabo de vos demonstrar", defendeu.
Do lado do PSD, considerou Fernando Medina, "o que se viu até agora é que, sobre o principal problema de que os lisboetas se queixam, a única coisa que tem a propor é dar descontozinhos às famílias de maiores rendimentos da cidade e, por isso, não tem nenhuma resposta para o problema".
O atual presidente da Câmara de Lisboa reforçou também a diferença que tem com o BE em relação ao programa de renda acessível.
"Eu não tenho nenhum preconceito sobre a solução. Eu quero é construir casas, eu quero entregar casas o mais rápido possível às pessoas", disse.
Por isso, no próximo mandato, caso seja eleito, Fernando Medina compromete-se a "procurar novas respostas e novas soluções".
"Se houver boas oportunidades relativamente ao Estado, a novos imóveis e outras coisas que não estão aqui neste plano, compraremos. Se houver novas oportunidades relativamente ao mercado privado também o faremos. Se houver novas soluções do ponto de vista de construçãom também procuraremos", frisou.
Questionado sobre como garante que as casas de renda acessível não são depois subarrendadas, Medina confessou que ainda não há equipa organizada para essa tarefa, tendo a presidente do conselho de administração da SRU -- Sociedade de Reabilitação Urbana acrescentado que, em alguns projetos de maior dimensão, haverá um "zelador" que pode ajudar a controlar essas situações.
Além de Fernando Medina, concorrem à Câmara de Lisboa Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (PCP), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Líber (movimento Somos Todos Lisboa).
As eleições autárquicas realizam-se em 26 de setembro.
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