Candidato deixou críticas ao atual chefe de Estado, indicando que não faria o mesmo comentário que Marcelo fez sobre Donald Trump.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes considerou este domingo que o próximo Presidente da República deve ser alguém com experiência política, que garanta independência, e que use o poder mediador para a resolução dos problemas dos portugueses.
"Eu acho que, na presidência da República, é importante ter alguém com experiência política. Porquê? Porque é o cargo mais político em Portugal", afirmou, quando questionado sobre o seu opositor Henrique Gouveia e Melo, considerando que é "recomendável escolher pessoas que não sejam uma aventura, nem um tiro no escuro, que tenham experiência".
Luís Marques Mendes falava em Peniche (distrito de Leiria), numa intervenção na iniciativa Campus da Liberdade 2025, organizada pelo Instituto +Liberdade.
Respondendo a questões colocadas por vários jovens durante cerca de meia hora, o candidato a Presidente da República nas eleições do início do próximo ano defendeu que "experiência é segurança, é confiança, é menos incerteza".
O antigo líder do PSD assinalou que Gouveia e Melo "teve um comportamento exemplar no processo da vacinação", mas "na Presidência da República, o que se trata é de uma experiência completamente diferente, política, experiência de lidar com a Constituição, experiência de fazer pontes e entendimentos e convergências políticas".
"E esse meu adversário, manifestamente, não tem essa experiência. Tem uma experiência de militar, tem uma experiência na vacinação, mas não tem este tipo de experiência", considerou.
E defendeu que a escolha em janeiro de 2026 é entre "alguém com preparação, traquejo, experiência para aquela função" e "uma solução que pode redundar num tiro no escuro, numa aventura ou num experimentalismo".
Luís Marques Mendes considerou "um exagero" dizer que, se for eleito Presidente da República, será igual a Marcelo Rebelo de Sousa, sustentando que os dois têm "estilos, comportamentos e maneiras de ser completamente diferentes".
"E eu não estou a dizer que sou melhor, sou diferente", acrescentou.
O candidato deixou também algumas críticas ao atual chefe de Estado, primeiro indicando que não faria o mesmo comentário que Marcelo fez sobre Donald Trump, ao dizer que tem agido como um "ativo soviético ou russo".
"Eu nunca disse, não diria e não direi, porque acho que uma pessoa nestes cargos deve ser especialmente contida. Há coisas que, mesmo que se pensem, não se dizem publicamente", defendeu, indicando que não gosta de "banalizar" as palavras e "falar por tudo e por nada".
O candidato a Belém criticou também a participação do Presidente da República na Universidade de Verão do PSD, onde também foi um dos oradores, advogando que um chefe de Estado "não deve participar, nem de longe, nem de perto, em iniciativas que, direta ou indiretamente, têm a ligação a partidos".
"Eu considero que o Presidente da República investido em funções deve ser rigorosamente independente e rigorosamente equidistante dos partidos", salientou, indicando que se for eleito não participará em eventos com ligações partidárias.
Marques Mendes disse também que teria reconduzido Joana Marques Vidal como Procuradora-Geral da República.
Sobre os poderes do Presidente da República, o candidato disse que deve "criar as condições para que os governos façam aquilo que ainda não foi feito".
"Um Presidente da República pode tirar 'selfies', eu também tiro, não tem mal nenhum. Mas o importante, sobretudo, é usar este poder mediador para resolver os problemas da vida das pessoas", salientou.
Luís Marques Mendes assinalou ainda que a descentralização será uma das causas do seu mandato e deixou o desafio para um "acordo social tripartido" entre o Governo, empresários e sindicatos, para aumentar salários e baixar impostos, especialmente para beneficiar os jovens.
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