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Ministra da Justiça afirma que pacote anticorrupção na "reta finalíssima", partidos serão novamente ouvidos

Agenda poderá ser alvo de discussão em Conselho de Ministros já na próxima semana.

28 de maio de 2024 às 22:41

A ministra da Justiça disse esta terça-feira que a prometida agenda anticorrupção está numa "reta finalíssima", podendo ser alvo de discussão em Conselho de Ministros já na próxima semana, ainda que seja necessária nova ronda de audições aos partidos.

A 3 de abril, no seu primeiro Conselho de Ministros, o Governo liderado por Luís Montenegro decidiu como primeira medida mandatar a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, para falar com todos os partidos com assento parlamentar, agentes do setor da justiça e sociedade civil com vista à elaboração de um pacote de medidas contra a corrupção, num prazo de 60 dias.

Esta terça-feira, à margem da sua primeira audição parlamentar, a ministra disse à Lusa que o trabalho está praticamente concluído.

"Nós estamos a trabalhar, o prazo terminaria no dia 2, temos um Conselho de Ministros no dia 3, desejavelmente poderemos discuti-lo já nessa altura, vai depender também do calendário, mas em todo o caso estamos a concluir os trabalhos. Ouvimos muitas pessoas, muitas entidades, recebemos também alguns contributos escritos e estamos na reta finalíssima do que será uma agenda anticorrupção", disse.

Sem querer adiantar medidas concretas, Rita Alarcão Júdice referiu que o trabalho seguiu a lógica anunciada de melhorar "o que não está a funcionar tão bem" para uma "resposta mais eficaz no combate à corrupção", sem "reformular todo o enquadramento jurídico".

Certo é que os partidos terão que ser novamente ouvidos, depois de já terem sido consultados, no arranque do processo de auscultações que envolveu diversas entidades, como fundações, organizações não-governamentais, associações, entre outras.

"Teremos que falar com os partidos. Iremos, com certeza, falar com os partidos, temos que definir qual será o melhor molde de o fazer", disse a ministra, especificando a necessidade de discutir a implementação de medidas e de obter consensos partidários para todas as alterações que tenham que passar pelo parlamento.

Já em abril, quando decorria a audição aos partidos, conduzida pela ministra da Justiça em conjunto com o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, Rita Alarcão Júdice sinalizou sinais de consenso com os partidos sobre combate à corrupção, designadamente em matéria de regulamentação do lobbying, tendo frisado que a constitucionalidade seria a "linha vermelha" ao longo do processo.

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