Segundo a governante, as próximas décadas "serão seguramente diferentes das últimas".
A ministra da Saúde disse esta quinta-feira, em Coimbra, que as urgências regionais são "absolutamente determinantes" para o Estado continuar a garantir cuidados de saúde hospitalares aos cidadãos, embora com um modelo diferente nas próximas décadas.
No final do lançamento do Observatório Nacional de Saúde Global pela Universidade de Coimbra (UC), Ana Paula Martins reiterou aos jornalistas que a falta de recursos é o maior desafio do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que o Governo tem de ser capaz de "fazer uma adaptação do ponto de vista territorial e daquilo que são as diversas realidades ao longo do país".
"As urgências regionais absolutamente são absolutamente determinantes para conseguirmos continuar a garantir cuidados de saúde no âmbito da urgência e emergência aos cidadãos, mas não vamos poder fazê-lo da mesma forma como até agora", sublinhou.
Segundo a governante, as próximas décadas "serão seguramente diferentes das últimas".
"Já vínhamos sentindo há muito tempo a falta de recursos humanos, mas também o facto de termos esta quinta-feira um modelo de organização que talvez já não responde completamente àquilo que são as aspirações de todas as gerações", afirmou.
Para a ministra da Saúde, os serviços vão ter de ser reorganizados de forma a não sobrecarregar com excesso de horas extraordinárias, "que é o que se faz hoje para ter os serviços abertos".
Nessa reorganização, "que terá de ser feita com as pessoas", Ana Paula Martins considerou que é necessário, com os recursos existentes, "em cada região dar os melhores cuidados a todos".
"Isto exige reformas e não adianta dizer que podemos deixar tudo como está, porque isso não é possível. Estas reformas já estão estudadas há muito e, no último ano e meio, foram revisitadas com algumas inovações", disse a governante, garantindo que tenciona prosseguir a reforma da saúde, "ponderando sempre aquilo que são as diferenças regionais e os seus impactos".
Sobre o lançamento do Observatório Nacional de Saúde Global pela UC, que dá continuidade ao trabalho desenvolvido pelo consórcio Coimbra Health, integrado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e pela Unidade de Saúde Local, a ministra considerou que "é mais um passo em frente naquilo que é a produção de evidência para poder apoiar a definição de políticas de saúde".
O objetivo é que "observatórios como este, independentes do poder político, possam ir acompanhando as políticas públicas, ajudando a ajustar os trajetos e as decisões, com contributos para que possamos definir políticas com maior probabilidade de sucesso".
"Este observatório, como olha muito para as questões da diplomacia em saúde e multiculturalidade, pode ajudar a perceber melhor como é que se pode prestar bons cuidados de saúde às populações com características culturais diferentes e garantir a equidade em saúde a todos aqueles que vicem, trabalham e tem o seu projeto de vida em Portugal", frisou.
Carlos Robalo Cordeiro, diretor da FMUC, que lidera o Observatório Nacional da Saúde Global, explicou aos jornalistas que este organismo será uma plataforma para produzir ciência, conhecimento e servir de orientação para as organizações da área da saúde e para os decisores políticos.
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