Segundo o governante, o investimento na conservação da natureza tem sido feito "essencialmente nos parques naturais e nas áreas protegidas".
O ministro do Ambiente e Ação Climática revelou hoje já foram investidos "63 milhões de euros na conservação da natureza" desde que tomou posse, em 2015, mas defendeu maior investimento para tornar "mais remota" uma nova pandemia.
"Desde que sou ministro, já investimos diretamente, não estou a falar de despesas correntes, 63 milhões de euros na conservação da natureza", afirmou o ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.
Segundo o governante, que falava durante uma visita à Herdade da Contenda, no concelho de Moura, no distrito de Beja, o investimento na conservação da natureza tem sido feito "essencialmente nos parques naturais e nas áreas protegidas".
Contudo, sublinhou Matos Fernandes, "é fundamental" o Governo começar a "alargar esses apoios a outros territórios".
"Não temos dúvidas de que, e a pandemia [de covid-19] ensinou-nos isso de forma muito aguda, a saúde ambiental e animal não podem ser separadas da discussão sobre a saúde humana", ou seja, "quanto melhor cuidarmos e promovermos a biodiversidade, mais remota é a possibilidade de aparecerem pandemias como esta", disse.
Considerando que "é fundamental promover a biodiversidade" e que essa "é uma consciência que não é só da ciência", mas também de "um conjunto dos cidadãos", o ministro advertiu que os humanos "não vivem sozinhos no planeta".
"Por isso, é absolutamente essencial cuidarmos de todas as outras espécies e, tendo a espécie humana um peso como mais nenhuma outra tem no planeta, nós temos essa responsabilidade", assinalou.
Matos Fernandes visitou a Herdade da Contenda, acompanhado pelo secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Catarino, depois da assinatura de um protocolo com a Câmara de Moura.
De acordo com o ministro do Ambiente e Ação Climática, o protocolo envolve um apoio do Fundo Ambiental no valor de "400 mil euros" para o desenvolvimento de "um conjunto de atividades" nesta herdade "em prol da conservação da natureza".
Este apoio, precisou, vai ser aplicado na "melhoria e restauro dos habitats, plantação de espécie autóctone e na gestão das linhas de água, que são fundamentais em territórios onde há pouca água".
A Herdade da Contenda venceu o Prémio Nacional de Paisagem 2020, atribuído pela Direção-Geral do Território, com a candidatura "Uma paisagem de referência na Raia - A Herdade da Contenda", da empresa municipal com o mesmo nome.
De acordo com informações da empresa municipal, a Herdade da Contenda, que tem uma fauna e uma flora "riquíssimas", situa-se no extremo ocidental da Serra Morena e ocupa uma área de cerca de 5.300 hectares inserida na íntegra na Zona de Proteção Especial de Mourão/Moura/Barrancos e em 85% no Sítio da Rede Natura 2000.
Ao nível da flora, a herdade é constituída por uma paisagem tipicamente mediterrânica, que inclui montados, matos diversificados e pastagens.
Ao nível da fauna, na herdade, que é considerada uma área com "enorme potencial" para populações de lince-ibérico e abutre-preto, já foram identificadas mais de cem espécies de aves e dezenas de espécies de mamíferos, anfíbios e répteis.
Integrada na Zona de Caça Nacional do Perímetro da Contenda, a herdade é considerada a maior reserva de veados existente em Portugal e tem também outras espécies cinegéticas de caça maior, como o muflão e o javali.
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