"Este é o terceiro ato de provocação da Rússia no espaço aéreo da União Europeia, em apenas alguns dias", sublinhou o Ministério.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) condenou esta sexta-feira veementemente a violação do espaço aéreo da Estónia pela Rússia, após a incursão de três caças russos, intercetados por aviões de países NATO.
"Este é o terceiro ato de provocação da Rússia no espaço aéreo da União Europeia, em apenas alguns dias", sublinhou o MNE em publicação na rede social X.
"A agressão russa tem de chegar ao fim", refere ainda a diplomacia portuguesa, deixando solidariedade para com a Estónia.
O Governo da Estónia denunciou hoje a entrada de três caças russos no espaço aéreo do país, onde alegadamente permaneceram, sem permissão, 12 minutos, e convocou o representante de Moscovo (encarregado de negócios) para protestar perante tal incidente.
A Estónia anunciou ainda que vai solicitar à NATO a ativação do artigo 4.º do Tratado do Atlântico, que prevê consultas entre aliados em caso de ameaça, após a violação do seu espaço aéreo pelos caças russos.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, saudou a resposta "rápida e decisiva" da Aliança Atlântica à incursão de aviões de combate russos na Estónia, após ter falado com o primeiro-ministro da Estónia, Michal Kristen.
De acordo com um responsável da NATO, que falou sob anonimato e citado pelas agências internacionais, F-35 italianos, aviões de combate fabricados nos Estados Unidos, intercetaram os caças russos.
Rutte referiu nas redes sociais que os três caças russos MiG-31 foram intercetados no âmbito da nova iniciativa militar "Sentinela Oriental", lançada na semana passada para reforçar a defesa do flanco leste da NATO.
O Quartel-General Supremo das Potências Aliadas da NATO na Europa (SHAPE) referiu que, além dos caças F-35 da Força Aérea Italiana atualmente posicionados na Base Aérea de Ämari, responderam ao incidente aeronaves de reação rápida da Suécia e da Finlândia.
A chefe da diplomacia da União Europeia afirmou esta sexta-feira que a Rússia "está a tornar-se cada vez mais perigosa" e pediu aos países com relações próximas a Moscovo, como o Brasil, para pressionarem pela "necessidade da paz".
"A Rússia está a testar até onde pode ir", frisou Kaja Kallas no Palácio do Itamaraty, em Brasília, ao lado do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira.
"Não se pode demonstrar fraqueza, porque isso é um convite a serem ainda mais perigosos", declarou Kallas, na sequência da violação do espaço aéreo da Estónia por aeronaves militares russas, o terceiro incidente deste tipo em duas semanas em países do bloco comunitário.
Questionada pelos jornalistas em conferência de imprensa, Kaja Kallas, que é estoniana, pediu ainda "aos países que têm uma relação mais próxima com a Rússia (...) que pressionem e a convençam da necessidade da paz e de se sentar a uma mesa de negociações".
O incidente de esta sexta-feira na Estónia é o terceiro nas últimas duas semanas, depois da invasão do espaço aéreo da Polónia por 19 'drones' (aeronaves pilotadas remotamente) russos, que desencadeou uma intervenção da Força Aérea polaca, com apoio de países aliados.
Esta foi a primeira vez que a NATO teve de abater veículos aéreos não tripulados em território aliado.
Na ocasião, a Polónia também invocou o artigo 4.º da NATO.
Seis dias depois, 'drones' russos entraram no espaço aéreo romeno, no terceiro incidente do género envolvendo meios aéreos de Moscovo.
Horas depois do incidente de esta sexta-feira, a Guarda de Fronteiras da Polónia informou que dois caças russos sobrevoaram "a baixa altitude" a plataforma petrolífera Petrobaltic, no Mar Báltico, violando a zona de segurança da infraestrutura.
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