Primeiro-ministro manifestou o desejo de ter o presidente ou o chefe do governo moçambicano em Portugal.
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O primeiro-ministro português despediu-se esta sexta-feira de Moçambique confessando já ter saudades de quem chamou "vizinhos de tão longe, mas amigos de tão perto", manifestando o desejo de ter o Presidente ou o chefe do governo moçambicano rapidamente em Portugal.
No último ponto da visita oficial de dois dias a Moçambique, um banquete de retribuição ao chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, António Costa recordou uma frase que ouviu a um grupo de crianças de São Tomé e Príncipe e que considera sintetizar o espírito das relações que devem existir entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
"Referindo-se a Portugal diziam: vizinhos de tão longe, mas amigos de tão perto e esta é a relação que nós temos. A distância separa-nos, mas a amizade une-nos", destacou.
Para o primeiro-ministro, tem de ser nesta base que os dois países têm de continuar a construir uma parceria estratégica que se pretende "virada para o futuro", mais do que para as relações históricas do passado.
"No final desta visita, confesso que já tenho alguma pena de não estar a começar e tenho alguma saudade desde já relativamente à terra que vou deixar amanhã de manhã", afirmou, dizendo esperar que "em breve" quer Nyusi quer o primeiro-ministro Carlos Agostinho do Rosário possam visitar Portugal.
Na resposta, Filipe Nyusi recordou que, no final da III Cimeira Luso-moçambicana, realizada na quarta-feira os dois países acordaram realizar um novo encontro ao mais alto nível já no próximo ano, em Portugal, onde assegurou presença.
O Presidente da República de Moçambique revelou o que chamou de "duas inconfidências" desta visita oficial de António Costa.
Por um lado, defendeu que os empresários portugueses que há muito investem no país devem já ser considerados moçambicanos.
"Vão a Portugal para comer bacalhau, mas estão aqui porque em momentos difíceis sempre sobreviveram", salientou.
Por outro lado, Nyusi revelou ter "atulhado" António Costa de marisco ao almoço, temendo pelo apetite do primeiro-ministro neste jantar oficial.
"Pode fazer teatro, mas está bem alimentado", gracejou.
Em tom mais sério, Filipe Nyusi considerou que as conclusões da III Cimeira bilateral o deixam com um sentimento de "missão cumprida" e com a certeza de que esta visita reforçou "uma ponte para uma nova era de aproximação entre os dois países".
O banquete foi o último ponto da primeira visita oficial de António Costa a Moçambique, cujo momento alto foi a realização da III Cimeira Luso-moçambicana.
Depois de encontros ao mais alto nível entre Portugal e Moçambique em 2011 e 2014, a cimeira realizada na quinta-feira em Maputo culminou na assinatura de dez acordos bilaterais, incluindo um que permitirá que os descontos feitos para a Segurança Social num país sejam reconhecidos no outro, para efeitos de carreira.
No final, quer Costa quer o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, classificaram os laços entre os dois países como uma "relação única" e ambos agradeceram o apoio mútuo nos períodos de crise económico-financeira de Portugal e Moçambique.
A dimensão empresarial foi o outro ponto forte da visita de Costa, que ofereceu um 'cocktail' a cerca de 200 empresários portugueses presentes em Moçambique e encerrou um seminário empresarial conjunto.
Os elogios aos esforços de Nyusi na consolidação ao processo de paz em Moçambique foram outra constante no discurso de Costa, que teve o momento mais descontraído na visita no Mercado Central, onde dançou com algumas das vendedoras, depois de ter resistido aos muitos momentos musicais de praticamente todos os pontos da agenda.
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