Líder do PSD defendeu uma "maior agilidade na gestão das unidades de saúde" e lembrou que o primeiro-ministro "prometeu que todos os portugueses iriam ter médico de família atribuído".
O presidente do PSD, Luís Montenegro, criticou, no sábado, a "teimosia" do primeiro-ministro, António Costa, e a falta de resposta nos serviços de saúde, salientando que mais de 1,7 milhões de portugueses não têm médico de família.
Durante um jantar em Pombal, que encerrou uma semana dedicada ao distrito de Leiria, Luís Montenegro defendeu uma "maior agilidade na gestão das unidades de saúde".
"Não havendo recursos humanos suficientes na administração pública, no Serviço Nacional de Saúde, temos obrigação de fazer parcerias, de contratar os serviços das IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social], do setor social e mesmo de alguns setores ou de algumas empresas do setor privado, para poder cobrir a lacuna de resposta pública, a pensar nas pessoas. Há muito tempo que o doutor António Costa sabe disto, mas por teimosia continua a fazer de conta que esta não é a saída para os problemas da saúde", sublinhou o presidente do PSD.
O social-democrata lembrou ainda que o primeiro-ministro "prometeu que todos os portugueses iriam ter médico de família atribuído".
"Pois, esta semana batemos mais uma vez, pela mão do Partido Socialista e do doutor António Costa, o recorde de portugueses sem médico de família. São mais de 1,7 milhões de portugueses que não têm hoje [sábado] médico da família", sublinhou, acrescentando que, no distrito de Leiria, "cerca de um terço dos utentes de cada concelho, em média, não tem médico de família".
A saúde, continuou o líder social-democrata, "é um falhanço clamoroso do PS e do doutor António Costa".
"Gastamos quase o dobro no SNS do que gastávamos há sete anos. Acabaram com a gestão privada dentro dos hospitais públicos, as chamadas parcerias público-privadas. É com este Governo e com este primeiro-ministro que temos em Portugal mais de 3,3 milhões de portugueses que tiveram de fazer um seguro de saúde, aos quais acresce mais cerca de um 1,2 milhões que tem ADSE, mais alguns subsistemas", precisou.
Ou seja, disse, "em números redondos, metade da população portuguesa já paga, para além dos impostos, mais uma contribuição para ter uma resposta mínima em termos de acesso à saúde".
O líder do PSD considerou ainda que não só "a vida das pessoas está pior", mas também "a vida do país".
"Estamos no fim da qualidade de vida dentro do espaço da União Europeia e na cauda da União Europeia, não é só no nível da riqueza que somos capazes de criar. Estamos pior, porque o Serviço Nacional de Saúde gasta perto do dobro do que aquilo que gastava em 2014 e 2015 e o serviço é pior", exemplificou, insistindo que "país está num ciclo de empobrecimento"
Luís Montenegro recordou também que sempre que o PSD sugere o regresso das parcerias público-privadas para resolver o problema da saúde é acusado de "estar a proteger o setor social ou mesmo o setor privado da saúde".
"Não se deixem enganar. Em Portugal, os melhores amigos da saúde privada são socialistas e as suas políticas", disse.
Destacando a importância das pessoas, o presidente do PSD constatou, após já ter visitado oito distritos do país, que "há dois portugais".
"Este não é o país dos 'powerpoints', nem das sessões pomposas do doutor António Costa, do Governo e do PS. [...] António Costa e o PS, hoje [sábado] são o primeiro-ministro e o partido dos números. Só que, para nós, os portugueses não são números. Os portugueses são pessoas e têm de ser vistos e tratados como pessoas", defendeu.
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