Intervenção do presidente do PSD funciona, habitualmente, como a segunda 'rentrée' do partido, depois da Festa do Pontal.
O primeiro-ministro encerra, este domingo, a Universidade de Verão do PSD no final de um mês em que os incêndios dominaram a atualidade e numa edição em que várias figuras do partido defenderam o caminho da moderação ao centro.
Luís Montenegro participa, este domingo, a partir das 12h00, na sessão de encerramento da 21.ª edição desta iniciativa de formação de jovens quadros, que decorre desde segunda-feira em Castelo de Vide (Portalegre).
A intervenção do presidente do PSD funciona, habitualmente, como a segunda 'rentrée' do partido, depois da Festa do Pontal, no Algarve, este ano fortemente criticada pela oposição por ter coincidido com o período de agravamento dos incêndios que atingiram Portugal durante o mês de agosto.
Desde então, o primeiro-ministro apenas falou publicamente sobre incêndios, primeiro no final de um Conselho de Ministros extraordinário em Viseu onde apresentou 45 medidas e, esta semana, no parlamento onde defendeu que o Governo esteve "sempre ao leme" do combate.
À hora desse debate parlamentar, na quarta-feira, pela Universidade de Verão passava Marcelo Rebelo de Sousa que defendeu que o papel do PSD no combate aos extremismos deve ser "afirmar a diferença da moderação".
"Se não conseguir - eu acho que tem condições para conseguir, assim como o PS, no centro-esquerda - afirmar a diferença da moderação que distingue o centro-direita da direita mais radical (...) então torna-se muito difícil a função dos partidos desta natureza e isso não é boa notícia para a democracia", disse, acrescentando ser "mais fácil fazer acordos de regime, fazer consensos, encontrar soluções ao centro" com um partido de centro-direita e não de direita radical.
Um dia depois, o candidato a Belém apoiado pelo PSD, Luís Marques Mendes, afirmou que o "caminho para o sucesso" passa pela moderação e não pelo radicalismo e deixou um apelo concreto ao PSD sobre uma lei que se adivinha polémica, a da nacionalidade.
"Sendo uma lei especial, recomendaria esforço de diálogo e entendimento para que fosse aprovada dentro de uma maioria ampla que incluísse, designadamente, o PS. Leis especiais como esta não se aprovam no âmbito de uma mera maioria de circunstância", disse, num apelo implícito a que o diploma não seja aprovado apenas com o Chega.
Por Castelo de Vide passou também o número dois do Governo, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que afirmou que "não se pode ter medo de radicais" e defendeu a importância de os partidos de centro-direita e de centro-esquerda "moderados e vivos" serem capazes de manter pontes de diálogo.
"A grande tentação que têm o centro-direita e o centro-esquerda é radicalizar o discurso para rivalizarem com os seus concorrentes ou competidores que são radicais. Isto, do meu ponto de vista, é um erro", defendeu.
Logo na sessão de abertura da Universidade de Verão do PSD, na segunda-feira, o secretário-geral e líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, criticou e recusou a proposta do Chega de inquérito parlamentar sobre incêndios, por ser "despropositada e inútil", e elogindo a do PS para uma comissão técnica independente.
No encerramento da Universidade de Verão de há um ano, antes da crise política relacionada com a empresa da família do primeiro-ministro Spinumviva, o presidente do PSD afirmou que a "verdadeira instabilidade política" no país era a da oposição.
"Este governo não precisa de eleições para governar ou se relegitimar. Temos o suficiente para cumprir o nosso programa, assim haja responsabilidade política em Portugal para não haver um bloqueio governativo. A minha convicção é que, neste momento, o país está com o Governo, aquilo que nós não sabemos é se a oposição vai estar com o país", disse então Montenegro, seis meses antes da demissão do seu primeiro executivo devido ao chumbo de uma moção de confiança.
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