Pedro Nuno Santos recusou um segundo frente a frente nas rádios.
O presidente do PSD reiterou esta quarta-feira "disponibilidade total" para mais debates com o líder do PS, que recusou um segundo frente a frente nas rádios, salientando que a escolha "à cabeça" nestas legislativas é a do primeiro-ministro.
Luís Montenegro viajou esta quarta-feira de cacilheiro entre Lisboa e Cacilhas com Teresa Morais, cabeça de lista por Setúbal da AD (coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM), e foi questionado pelos jornalistas sobre a recusa de Pedro Nuno Santos em realizar um frente a frente nas rádios, que decorreria depois do debate televisivo entre os dois, marcado para dia 19.
"Tal como nas legislativas de 2015 e 2019, as rádios convidaram ainda os líderes dos dois maiores partidos, PS e PSD, para um frente a frente. Luís Montenegro aceitou, Pedro Nuno Santos recusou o debate, pelo que o mesmo não se realizará", refere um comunicado enviado pelas direções editoriais da Antena 1, Observador, Renascença e TSF, emitido na terça-feira à noite, onde se noticia que estas rádios organizarão no dia 26 o último debate com todos os líderes com assento parlamentar.
Montenegro respondeu que, "mais do que criticar essa postura" de Pedro Nuno Santos, preferia apontar a sua.
"A minha é disponibilidade total, eu estou aqui para dizer às pessoas o que quero fazer enquanto líder de um Governo, do ponto de vista económico, social, da melhoria de condições de vida das pessoas e de um projeto de crescimento de ambição", afirmou.
O líder do PSD considerou que "todas as oportunidades são boas" para fazer esse confronto de ideias, mas admitiu que "cada um tem a sua estratégia", dizendo não se querer imiscuir na do PS.
"Se há debate que interessa aos cidadãos - sem menosprezo pelos outros candidatos -, mas entre todas as decisões que os portugueses tomam nas legislativas há uma que está à cabeça, que é decidir quem é o primeiro-ministro, e aí só há dois candidatos: o líder da AD e o líder do PS", disse.
Questionado se o frente a frente televisivo será mais decisivo por ser o único, Montenegro respondeu que decisivo é "todos os dias interagir com as pessoas", embora os debates sejam uma forma "muito elucidativa de demonstrar as diferenças muito marcadas entre os dois projetos".
Na viagem de cacilheiro, onde funcionários da Transtejo avisaram a comitiva que não era possível interagir com os passageiros, só à saída Montenegro foi abordado por algumas pessoas, que o cumprimentaram.
À chegada à Cacilhas a comitiva entrou num café antes de seguir viagem para Setúbal, e foi o próprio presidente do PSD a ir para trás do balcão tirar cafés, depois de desafiado por uma funcionária.
Questionado pelos jornalistas, contou que quando era jovem trabalhou num café para ter as suas poupanças, apesar de até ser desincentivado pelo pai, que lhe queria pagar o mesmo para que não fosse para trás do balcão.
"Acho que ainda me lembro, não me saí mal", gracejou.
Montenegro aproveitou a deslocação ao distrito de Setúbal para lembrar que o grande projeto de investimento estrangeiro em Portugal localizado neste distrito, a Autoeuropa, foi concebido e executado nos anos 90.
"Precisamos de ter um Governo com ambição de ter mais Auteoeuropas, mas não só na conversa, na capacidade de realização", afirmou, considerando que "com uma política fiscal mais competitiva" será possível "ombrear com os países do Leste da Europa" na captação de grandes investimentos.
A viagem de cacilheiro não foi uma estreia - já a fez "três ou quatro vezes" - e visou chamar a atenção para as dificuldades que os passageiros têm sentido na travessia do Tejo, quer por problemas laborais na empresa, quer pela falta de oferta de novas embarcações.
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