Vereadora da Habitação e das Obras Municipais disse que Marvila é a freguesia com mais habitação pública na cidade.
A Assembleia Municipal de Lisboa recomendou esta terça-feira a divulgação junto da população de Marvila das intervenções em curso e planeadas na freguesia lisboeta, no âmbito de uma petição que denuncia o abandono deste território, critica que a câmara recusa.
Na reunião da assembleia, a vereadora da Habitação e das Obras Municipais, Filipa Roseta (PSD), disse que Marvila é a freguesia com mais habitação pública na cidade e "tem sido um centro de investimento brutal", com mais de 150 milhões de euros de investimento municipal.
"É a freguesia que tem mais investimento neste mandato (2021-2025)", apontou Filipa Roseta, sublinhando que Marvila não está ao abandono e que este território tem várias obras em curso, com edifícios novos, reabilitação de edifícios existentes, escolas, parques desportivos e jardins.
Apesar de afirmar que Marvila tem estado no centro da ação do executivo e do orçamento municipal, a vereadora ressalvou: "Sei que falta muito, sei que temos de chegar mais, mas também sei que não é por esquecimento".
Em causa está uma petição por uma intervenção da Câmara de Lisboa "que combata o abandono de Marvila", que foi apreciada pela assembleia e que resultou numa recomendação, aprovada por unanimidade, para que o executivo municipal divulgue junto da população da freguesia "as intervenções em curso e planeadas", nomeadamente quanto a intervenções nos elevadores, recuperação de habitações degradadas, manutenção e melhorias do espaço público, particularmente passeios, percursos pedonais e espaços expectantes, e mobilidade.
Outro dos pontos da recomendação é para que a câmara promova reuniões entre a empresa municipal Carris, os peticionários e a Junta de Freguesia de Marvila, no sentido de ajustar os percursos e horários das carreiras de autocarros que atualmente servem a zona, com vista à satisfação das necessidades dos moradores.
Em nome das comissões de moradores e de utentes de Marvila, o peticionário Tiago Gonçalves denunciou a degradação dos elevadores e do parque habitacional dos bairros municipais, o lixo acumulado no espaço público e falta de respostas a cuidados de saúde e a serviços de transporte público.
"Marvila está esquecida e quem vive ali sente que está a ser tratado como um cidadão de segunda", afirmou Tiago Gonçalves, considerando que a narrativa do vandalismo quanto aos elevadores dos bairros municipais "é um discurso estigmatizante, preconceituoso, injusto e ofensivo", que serve para "lavar as mãos da responsabilidade política, para continuar a alimentar um preconceito social de que em Marvila nada se conserva porque as pessoas não cuidam".
Tiago Gonçalves disse que falta uma intervenção estruturada, planeamento rigoroso, manutenção regular e "vontade política de resolver, de forma consequente, os problemas que vêm sendo acumulados há décadas", desvalorizando a informação do atual executivo de que Marvila nunca teve tanto orçamento como agora, pois apesar de o orçamento ser maior tal "não passa de retórica vazia para tentar silenciar o desconforto da realidade".
"O que está em causa não é quanto dinheiro é mandado para cima da mesa, mas sim quais as soluções para ultrapassar esse quadro de urgência social", afirmou o peticionário, defendendo que os moradores de Marvila não podem continuar "sem elevadores, sem saúde, sem segurança, sem dignidade".
Participando no debate, o PEV disse que a luta dos moradores e utentes de Marvila "não é nova", o PCP considerou que a denúncia de abandono da freguesia "é grave" e a IL afirmou que "Marvila foi esquecida efetivamente, mas não está ao abandono", e contestou a ideia de que dizer que há vandalismo quando o mesmo se verifica é estigmatizar as pessoas.
No início da reunião, a assembleia aprovou, por unanimidade, dois votos de pesar apresentados por PS e CDS-PP pela morte do arquiteto e urbanista Nuno Portas, que morreu no domingo.
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