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Operação Marquês em novo impasse: Nenhum juiz quer caso de José Sócrates

Sofia Marinho Pires diz não ter competência para refazer decisão instrutória. Ivo Rosa rejeita voltar ao processo, dizendo não ter jurisdição.

11 de outubro de 2024 às 01:30
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Operação Marquês em novo impasse: Nenhum juiz quer caso de José Sócrates

A juíza Sofia Marinho Pires diz não ter competência, o juiz Ivo Rosa, por sua vez, responde garantindo não ter jurisdição para regressar ao processo da ‘Operação Marquês’. Para complicar ainda mais a situação, a defesa de José Sócrates defende que o processo deve ser distribuído a um terceiro juiz, que terá que repetir toda a fase de instrução.

É este o ponto de situação do processo da ‘Operação Marquês’, envolvida em mais um nó processual que impede o início do julgamento. Desta vez, e depois de o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) ter ordenado uma alteração ao despacho que levou José Sócrates e Carlos Santos Silva a julgamento (em 2021), os juízes não se entendem sobre a quem compete a tarefa de reescrever o documento. Será a presidente da 9.ª secção do Tribunal da Relação de Lisboa, a desembargadora Simone Pereira, a tentar desencalhar a situação.

A atual Juiz 2 do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), Sofia Marinho Pires, considera resultar da lei que “é ao juiz que preside ao debate instrutório que incumbe” a tarefa de escrever a decisão instrutória, “independentemente da colocação” nos tribunais.

Ivo Rosa, por sua vez, considera não ter “jurisdição” para voltar a intervir no processo, já que saiu do TCIC, tendo sido promovido a juiz desembargador do TRL. Mais: o juiz acrescentou que, estando em causa um diferendo entre magistrados de jurisdições diferentes (primeira instância e Relação), só um recurso pode resolver o problema.

Santos Silva insiste

A defesa do empresário Carlos Santos Silva avançou com um recurso, contestando uma (não) decisão da juíza do Tribunal Central de Instrução Criminal sobre nulidades e irregularidades processuais. A magistrada Sofia Marinho Pires passou por cima do assunto, mas a advogada Paula Lourenço insistiu na Relação de Lisboa.

Local de trabalho

A Secretaria da Relação de Lisboa notificou Ivo Rosa no Tribunal Central. A juíza Simone Pereira corrigiu o erro, dizendo que o juiz já é desembargador

A juíza Simone Pereira recusou um pedido de um jornalista para consultar o processo, considerando não ter sido identificado "o tipo de notícia/trabalho" que se pretendia realizar, "tornando inviável a aferição da pertinência da consulta".

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