Os portugueses estão decepcionados com a actuação do Governo de coligação PSD/CDS-PP. A sondagem Correio da Manhã revela que 54,1 por cento dos inquiridos entendem que o Executivo está a governar pior do que esperavam.
Assim, não é de estranhar que o PS recolha a maioria das intenções de voto, isto apesar de o PSD ter vindo a recuperar terreno desde o início do ano. Quanto aos líderes partidários, é Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, que merece melhor nota.
Se as eleições legislativas fossem hoje, o PS ganharia com 38,8 por cento dos votos, mas o PSD ficaria muito perto, com 37,5 por cento. A terceira força política mais votada seria a CDU, com 4,9 por cento, seguida do Bloco de Esquerda, com 4,2 por cento, e só depois o CDS-PP com apenas 3,5 por cento das intenções de voto. Em suma, a Direita perderia a maioria que actualmente detém.
Um resultado eleitoral explicável pela decepção manifestada em relação à actuação do Governo – 54,1 por cento considera que o Executivo está a governar pior do que o esperado. Para 34,7 por cento dos inquiridos o Governo está a governar igual ao que se esperava e apenas 9,5 por cento entendem que o desempenho é superior às expectativas iniciais.
E este verdadeiro “chumbo” ao Governo não resulta apenas da opinião dos eleitores dos partidos da oposição. Os próprios apoiantes do CDS-PP – 65,4 por cento – consideram que o trabalho governamental está abaixo das expectativas. No PSD, a percentagem não é tão elevada mas, ainda assim, 25,7 por cento manifestaram o mesmo ponto de vista.
Mas esta opinião dos portugueses relativamente à actuação da equipa de Durão Barroso tem sofrido oscilações ao longo deste ano. Em Janeiro, 54,3 por cento dos inquiridos responderam que o Governo estava a governar pior do que esperavam. Em Fevereiro essa percentagem subiu para os 58,4 por cento e em Março atingiu os 62,5 por cento, descendo depois para os 58,8 por cento.
No que diz respeito aos líderes partidários, Francisco Louçã é o único que recebe nota positiva dos inquiridos nesta sondagem realizada pela Aximage. Numa escala de zero a 20, o dirigente do Bloco de Esquerda tem 10,5 valores e o mais curioso é que os próprios votantes do PS lhe dão a melhor nota. Os eleitores socialistas dão 14,2 valores a Louçã e apenas 14,1 ao seu próprio secretário-geral. De igual modo, os eleitores do CDS-PP colocam o deputado bloquista lado a lado com Paulo Portas, com 9,6 valores.
Ainda assim, convém referir que Francisco Louçã tem vindo a perder popularidade ao longo do ano, já que começou com 12,6 valores em Janeiro. Aliás, a perda de popularidade é uma constante em relação a todos os líderes partidários. Ferro Rodrigues, o segundo classificado nesta lista, tem 9,8 valores, mas já atingiu os 11,1 em Fevereiro. Durão Barroso surge em terceiro lugar com 8,6 valores, mas já tinha conseguido 9,5 em Fevereiro. Ainda assim, pode-se dizer que o primeiro-ministro recuperou alguma popularidade pois chegou a ter apenas 7,4 em Março. O secretário-geral do PCP está em quarto lugar com 8 valores e só depois surge o líder do CDS-PP, com 7,5. Os portugueses parecem não perdoar o envolvimento de Portas no “caso Moderna”.
PS È FRENTE MAS PSD RECUPERA TERRENO
O PS sairia vencedor se as eleições legislativas se realizassem hoje, mas os socialista têm vindo a perder terreno na intenção de voto dos portugueses. Em Janeiro tinham 41,2 por cento, em Fevereiro subiram para os 42,6 por cento, em Março atingiram os 46,3 por cento. Em Abril desceram para os 40,6 por cento e este mês estão já nos 38,8 por cento. Um resultado a que não será alheio o escândalo em Felgueiras.
Inversamente, o PSD tem vindo a recuperar terreno ao longo do ano. Em Janeiro, os sociais-democratas recolhiam 36 por cento das intenções de voto, em Fevereiro desceram para 33,8 por cento e em Março para os 31,2 por cento. Em Abril a situação começou a inverter-se e as intenções de voto subiram para os 33,2 por cento atingindo agora os 37,5. ~
CASO MODERNA PREJUDICA CDS-PP
O envolvimento de Paulo Portas no mediático “caso Moderna” está a ter reflexos directos na sua popularidade e, consequentemente, nos resultados eleitorais do seu partido. De acordo com a sondagem do CM, o CDS-PP ocupa actualmente o quinto lugar na intenção de votos dos portugueses, com 3,5 por cento, atrás da CDU e do Bloco de Esquerda.
Os comunistas recuperam o lugar de terceira força política mais votada, com 4,9 por cento das intenções de voto, enquanto os bloquistas ocupam o quarto lugar, com 4,2 por cento. No entanto, entre os chamados pequenos partidos verifica-se uma certa variação nos valores ao longo do ano. A CDU, por exemplo, atingiu os 7,3 por cento no mês passado, descendo agora. De igual modo, o Bloco de Esquerda esteve nos 1,9 por cento, recuperando agora.
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