Inês Sousa Real frisou que não se referia apenas aos recentes casos vindos a públicos mas antes sobre a postura de João Moura durante a época dos incêndios.
A porta-voz do PAN pediu esta quarta-feira ao primeiro-ministro para enviar o secretário de Estado da Agricultura para a reforma, acusando-o de conflito de interesses, com Luís Montenegro a considerar que se trata de um ataque pessoal baseado em insinuações.
No debate quinzenal com o primeiro-ministro, na Assembleia da República, Inês Sousa Real considerou que Luís Montenegro tem um "problema grave dentro do Ministério da Agricultura", referindo-se ao secretário de Estado, João Moura, que está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ) e o Ministério Público (MP).
Inês Sousa Real frisou que não se referia apenas aos recentes casos vindos a públicos sobre alegadas ligações a 'offshores' ou negócios relacionados com cavalos, mas antes sobre a postura de João Moura durante a época dos incêndios.
Segundo a porta-voz do PAN, "enquanto o país ardia", João Moura estava "ao lado de pessoas, nomeadamente numa homenagem à tauromaquia", que "cometeram ilegalidades" em Portugal, "como deixar morrer à fome, como foi o caso do cavaleiro João Moura, do seu filho João Moura Júnior, que fazia práticas ilegais de corridas de cães atiçados contra touros".
"E o senhor secretário de estado achou que uma entidade que tinha o dever de fiscalizar era o lugar onde deveria estar, num claro conflito de interesses. E, portanto, eu pergunto-lhe quando é que vai mandar o secretário de Estado para a reforma, para devolver a dignidade à tutela do Ministério da Agricultura?", perguntou.
Na resposta, Luís Montenegro disse só poder lamentar que Inês Sousa Real "tenha desperdiçado a oportunidade" de intervir no debate quinzenal para "fazer um ataque pessoal, personalizado, na base de insinuações".
"Isso não merece resposta porque não tem resposta", defendeu, frisando que a única resposta que tinha perante "a dissertação e ataque pessoal a um membro do Governo" era a sua garantia de que o executivo vai continuar a valorizar a agricultura portuguesa.
O Governo "continua focado em poder conciliar a cultura portuguesa, o aproveitamento do território com a sua utilização para fins agrícolas, pecuários, florestais, turísticos, continua focado em dar desenvolvimento e rendimento e em garantir o bem-estar animal", disse.
Por sua vez, o deputado único do Juntos Pelo Povo (JPP), Filipe Sousa, lamentou que se viva num país "onde os jovens não conseguem comprar casa nem constituir família", onde as famílias "vivem sufocadas por rendas impossíveis" ou onde o turismo "cresce sem qualquer tipo de planeamento".
"Pressiona a habitação, expulsa residentes e encarece, acima de tudo e brutalmente, a vida de quem cá vive", referiu.
Neste contexto, dirigindo-se a Luís Montenegro, Filipe Sousa perguntou-lhe quando é vai "garantir a mobilidade digna e acessível para quem vive nas regiões autónomas, sem plataformas ou qualquer tipo de linhas de crédito".
Na resposta, o primeiro-ministro afirmou que o Governo "está muito comprometido com a mobilidade entre o continente e as regiões autónomas" e salientou que já promoveu uma diminuição dos custos suportados pelos residentes da Madeira e dos Açores nessas deslocações.
"Por isso queremos simplificar os procedimentos, por isso temos em curso um processo para que as pessoas não tenham de adiantar o valor das suas passagens e depois ficar à espera de serem compensados por isso",referiu.
Luís Montenegro frisou assim que o compromisso do seu executivo é "um compromisso pleno e que já está plenamente realizado".
"E aquilo que não está, nós continuaremos a diligenciar no âmbito do Governo e da relação com os governos e os órgãos regionais", disse.
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