Aguiar-Branco foi reeleito presidente da Assembleia da República com 202 votos a favor.
Os partidos com assento parlamentar saudaram esta terça-feira a eleição de José Pedro Aguiar-Branco como presidente da Assembleia da República e deixaram avisos sobre a democracia portuguesa, pedindo consensos.
Instantes depois de José Pedro Aguiar-Branco ter sido reeleito presidente da Assembleia da República com 202 votos a favor, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, saudou os deputados por um resultado que qualificou como sendo da "normalidade democrática e do prestígio das instituições".
Hugo Soares defendeu que este é o momento de os partidos olharem e cuidarem do prestígio das instituições, avisando que não é preservado "com proclamações" nem através de um combate interpartidário feito "muitas vezes de forma pouco urbana, muitas vezes mais agressivas ou até desrespeitosa".
"O prestígio das instituições, num momento como o de esta terça-feira, cuida-se olhando para cada uma e cada um dos portugueses que nos elegeram", disse Hugo Soares, acrescentando não acreditar que haja partidos que não se revejam em medidas como o aumento dos salários, a redução de impostos ou "uma imigração regulada e humanista".
Do Chega, interveio o líder André Ventura, que saudou a reeleição do presidente do parlamento e reiterou o apelo à bancada social-democrata para um acordo que permita as "reformas que o país precisa" e alterar a Constituição para consagrar a luta pela corrupção e que diga às minorias que "têm que ter tantos deveres como as maiorias".
O presidente do Chega disse ainda que não só acreditava que o seu partido se ia tornar a segunda força com maior representação parlamentar como acha que "esta será a última legislatura da terceira república".
Por sua vez, o líder parlamentar interino do PS, Pedro Delgado Alves, desejou a Aguiar-Branco um "mandato profícuo em defesa da instituição parlamentar" e pediu-lhe imparcialidade na condução dos trabalhos, deixando avisos sobre o atual estado da democracia.
"Às vezes achamos, porque crescemos, nascemos e vivemos em democracia, que ela é um dado adquirido, mas a história da humanidade mostra-nos o inverso. Conheceu recuos e avanços -- mais recuos do que avanços -- e é sempre uma flor frágil, preciosa, que precisa de ser cultivada e protegida (...) de opositores externos e de opositores internos", avisou.
A líder parlamentar da IL, Mariana Leitão, felicitou Aguiar-Branco pela sua reeleição, e pediu aos deputados um trabalho que dê "soluções concretas" aos problemas do país, garantindo que os liberais lutarão por um "Estado que sirva verdadeiramente os cidadãos".
Isabel Mendes Lopes, líder parlamentar do Livre, assumiu a sua discordância com algumas posição assumidas por Aguiar-Branco, designadamente a postura relativamente ao Chega, e refutou a ideia de que "a democracia não se salva, nem se defende, constrói-se", que o presidente da Assembleia da República tinha defendido momentos antes no seu discurso.
"A democracia defende-se sim, defende-se todos os dias, constrói-se, mas sobretudo também se defende", contrapôs Isabel Mendes Lopes.
A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, alertou que na Assembleia "não pode haver lugar à ofensa, à injúria, discriminação e ódio" e defendeu que "este não é o tempo de conformismo, muito menos de ficar à espera", mas antes de "combate, ação e luta".
Do CDS-PP, Paulo Núncio defendeu que os portugueses pediram "estabilidade política" nas urnas e apelou aos deputados que "não atirem Portugal para o segundo país da UE com mais eleições antecipadas na última década".
A deputada única do BE, Mariana Mortágua, prometeu "seriedade, um debate elevado e leal" e apelou ao diálogo à esquerda, enquanto Inês Sousa Real, do PAN, pediu "respeito pela democracia" e garantiu a Aguiar-Branco "lealdade e respeito institucional".
Pelo JPP, Filipe Sousa prometeu "construir e não destruir nesta legislatura", pedindo aos deputados que se unam e trabalhem em prol dos portugueses.
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