Secretário-geral do PCP considerou que o Governo tem "dois pesos e duas medidas" sobre a Ucrânia e a Palestina.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, acusou esta sexta-feira o Governo de hipocrisia e cinismo e de ter "dois pesos e duas medidas" quanto às posições sobre a Ucrânia e a Palestina, apesar de serem situações distintas.
"A política deste Governo é, de facto, uma política hipócrita e cínica (...) não tenho nenhuma dúvida sobre isso", afirmou o dirigente comunista quando questionado sobre a chamada do embaixador russo por parte do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros para pedir explicações sobre "a invasão do espaço aéreo e da fronteira" da Polónia.
No final de uma visita ao centro histórico do Porto, acompanhado da candidata àquela câmara, Diana Ferreira, o secretário-geral do PCP afirmou que o primeiro-ministro quando questionado sobre o episódio com o barco português de ajuda humanitária que se dirige a Gaza disse que era preciso recolher mais informações e, nesta situação da Polónia, a posição foi de "pressão máxima".
"Há casos sobre os quais é sempre necessário pedir novas informações e há outros em que é sempre pressão total, pressão máxima. Ora, isto é hipocrisia e cinismo", opinou.
Em sua opinião, o Governo português, mais do que contribuir para o alarmismo e para o aumento da pressão, deve desanuviar a pressão e reunir todos os esclarecimentos possíveis sobre o que aconteceu.
E acrescentou: "Mas, não foi isso porque o senhor ministro dos Negócios Estrangeiros, antes de ter solicitado ao embaixador russo esse encontro, algo que era normal que acontecesse, fez declarações sobre o assunto, nomeadamente mais sanções e mais militarismo".
Paulo Raimundo considerou que o Governo tem "dois pesos e duas medidas" sobre a Ucrânia e a Palestina, apesar de serem casos diferentes.
"Não estou a dizer que a situação da Palestina e da Ucrânia são iguais, mas há dois pesos e duas medidas. Mas, não é só do ministro dos Negócios Estrangeiros, é do primeiro-ministro, do Estado Português e da União Europeia", vincou.
E, a esse propósito, questionou: "Portugal está à espera do quê e de quem para tomar a decisão soberana de reconhecer o Estado da Palestina? O que é que falta? Nada, a não ser uma opção hipócrita e cínica".
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros classificou hoje como "um protesto formal" a chamada do embaixador russo.
As autoridades polacas, que denunciaram uma "provocação de grande escala" por parte da Rússia, indicaram que 19 drones entraram no espaço aéreo polaco, tendo alguns sido abatidos.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, invocou o artigo 4.º da NATO, que prevê consultas entre os Estados-membros.
Moscovo alegou que não tinha a intenção de violar o espaço aéreo russo.
O incidente mereceu uma condenação generalizada dos países da NATO e da União Europeia.
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