Líder comunista assumiu que nem todos os contactos que vai tendo com eleitores nas ruas se traduzem em votos.
O secretário-geral do PCP relativizou esta quinta-feira os dados de uma sondagem conhecida na quarta-feira, que apontaram para uma ligeira subida da CDU, ao considerar que "vão falhar outra vez" face à "confiança" que sente nos contactos com as pessoas.
Em declarações aos jornalistas ao longo de uma arruada em Queluz, com perto de uma centena de apoiantes sempre a seguir de perto, naquela que foi até ao momento a iniciativa de rua mais concorrida desde o início da campanha eleitoral, Paulo Raimundo reiterou "a coerência" da posição dos comunistas e assinalou que as pessoas "sabem com o que é que contam na CDU".
"Temos muitos defeitos e muitas virtudes, mas há um que temos que é a coerência. Estamos a construir o resultado todos os dias. Os senhores têm visto a reação das pessoas e diria que é sempre a subir, sempre a crescer e é nisso que estamos empenhados. Estou farto de dizer: as sondagens condicionam muito e acertam pouco. E vão falhar outra vez", defendeu.
O líder comunista assumiu que nem todos os contactos que vai tendo com eleitores nas ruas se traduzem em votos nas eleições de 10 de março. No entanto, dá como garantido que as consegue deixar a pensar na cruz sobre o boletim, apesar de rejeitar ser fanfarrão.
"Estamos aqui a disputar o voto. Depois do contacto que fazemos, as pessoas ficam a refletir. Não é possível dizer que todas as pessoas com que contactei vão votar na CDU, se há coisa que não sou é fanfarrão. Agora, que as pessoas vão refletir depois do contacto que fizemos, disso não tenho nenhuma dúvida. Algumas que dizem que não vão votar, ainda vão refletir sobre isso e é assim que estamos a construir o resultado", explicou.
E, já noutro ponto da arruada, continuou o raciocínio: "Alguns deles ainda hoje estão convictos que vão votar noutro partido e votarão na CDU, outros estarão indecisos e votarão na CDU. Porque é a força que lhes dá garantias, é o porto seguro para os democratas e para os patriotas, o porto seguro para todos aqueles que vivem e trabalham".
Recusando novamente discutir cenários pós-eleitorais, por entender que não vale a pena desviar as atenções dos problemas da população, Paulo Raimundo foi questionado se já teria um texto pronto para apresentar como acordo ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, para uma eventual reedição da geringonça.
"Tenho o texto: o programa eleitoral que apresentei. Esse é o nosso programa eleitoral e não é o do PS. (...) Não é uma questão de linhas vermelhas, mas há uma coisa que posso garantir: a partir de 11 de março, tal como aconteceu no passado e com a força que o povo nos der, o PS vai ser obrigado a vir a questões que não quer vir hoje e vai ser obrigado a cumprir promessas que hoje está a fazer. Só com a nossa força é que vai ser determinante", retorquiu.
Numa paragem para um café, Paulo Raimundo garantiu que a pessoa com quem gostaria de tomar café no dia 11 seria António Filipe, o número dois da lista da CDU por Lisboa e que o acompanhou nesta arruada por Queluz.
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