page view

Pensões e impostos afastam candidatos da AD e PS

Líder social-democrata espera que baixa de IRC estimule economia. Socialista critica objetivo de privatizar a Segurança Social.

01 de maio de 2025 às 01:30

O debate arrancou com o apagão de segunda-feira, com Montenegro a fazer a defesa da resposta do Governo e Pedro Nuno a apontar falhas de comunicação, repetindo ambos os argumentos das últimas horas. E só acendeu verdadeiramente quando se discutiu economia. O líder do PS acusou o primeiro-ministro de ter “duas faces” por apresentar “taxas de crescimento que não são previstas por ninguém” e que não condizem com as que comunica a Bruxelas. “Temos mesmo de ser sérios”, respondeu o social-democrata, uma ideia que reforçou várias vezes ao longo do embate.

Os números do programa da AD, ao contrário dos cenários que leva à Comissão Europeia, decorrem “do efeito que as políticas vão provocando”, justificou o chefe do Executivo, retomando um tema que provocou divisões no Orçamento para este ano: a baixa de impostos para as empresas. “Nós olhamos para a economia como geradora de riqueza [...], o que gera mais rendimento e mais receita global ao Estado”, argumentou Montenegro, lembrando que o encaixe com o IRC subiu e, em simultâneo, o IRS desceu. Nesta matéria, Pedro Nuno defendeu que o alívio só deve chegar às empresas “que dão um bom destino ao lucro”. Mais tarde, no que toca aos reformados, o socialista acusou a AD de retomar o “projeto que sempre teve: privatização do sistema de pensões”. Montenegro garantiu que “não está em causa” a sustentabilidade da Segurança Social e que não fará mexidas.  

E TAMBÉM

Lucros da caixa

“Nenhum programa deve estar dependente dos dividendos da Caixa”, disse Montenegro sobre a proposta do PS de financiar a resposta à crise na habitação com os lucros do banco público. Pedro Nuno afirmou que o “Governo foi incompetente” no apoio às rendas e que as isenções para jovens “aceleraram os preços”.

Falhas na saúde

“A saúde é a área de maior falhanço da AD”, apontou Pedro Nuno. Montenegro admitiu que não cumpriu a promessa de dar um médico de família a todos.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8