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Artigo exclusivo
Homem de 49 anos, que está a ser julgado por caso semelhante, estava em preventiva e foi agora solto com apresentações. Mas o juiz Ivo Rosa queria dar-lhe liberdade total.
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Indiciado por dois crimes de violação, um de coação sexual e outro de importunação sexual, todos contra uma jovem de 24 anos sua doente - que com depressão e incapacidade tónica (situação médica que a faz ‘congelar’ em perigo, stress ou ansiedade extrema) não conseguiu resistir -, o falso fisioterapeuta (responde ainda por usurpação de funções) de Oeiras que a Polícia Judiciária deteve em abril deste ano, e uma juíza de Cascais colocou então em prisão preventiva, foi agora libertado por decisão do Tribunal da Relação de Lisboa que entende “não existem fortes indícios” - porque a vítima nunca expressou “que não deu o seu consentimento nem que não quis a continuação de tais contactos [sexuais]”; e o arguido, de 49 anos, não “percecionou a oposição da ofendida”. Ou seja, para três desembargadores - um deles o juiz Ivo Rosa, conhecido pelas decisões no processo Marquês, de José Sócrates - a vontade da vitima não foi “cognoscível” para o homem, que tem um histórico de abuso sexual de pacientes e está a ser julgado num outro processo por crimes muito semelhantes. Além de Ivo Rosa, assinam a decisão os desembargadores Cristina Santana e Eduardo Paiva.
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