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Portugal representado por Rangel na Cimeira da CPLP por acordo entre Marcelo e Montenegro

Divulgação foi feita no site da Presidência da República, mas não foi avançada uma justificação para esta decisão conjunta.

17 de julho de 2025 às 23:45

Portugal vai estar representado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros na Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na sexta-feira, em Bissau, por acordo entre o Presidente da República e o primeiro-ministro.

Esta informação consta de uma nota esta quinta-feira publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

"O Presidente da República e o primeiro-ministro acordaram que a chefia da delegação portuguesa à Cimeira da CPLP, em Bissau, é assegurada pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros [Paulo Rangel], que, aliás, já se encontra na capital da Guiné-Bissau", lê-se na nota.

Nesta nota, não é avançada uma justificação para esta decisão conjunta do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que é inédita quanto à representação de Portugal desde que se realizam cimeiras da CPLP.

Na quarta-feira, em Santarém, o Presidente da República condicionou a sua participação na XV Cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP aos temas a abordar e respetivos termos.

"Se entender que aquilo que vai ser abordado, pelos termos em que vai ser abordado, é um passo em frente para a CPLP, estarei. Se entender que não, que não é positiva a minha presença, não irei", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas.

O chefe de Estado português já tinha transmitido esta posição anteriormente, em São Tomé, deixando em aberto a composição da delegação portuguesa até esta quinta-feira.

A CPLP tem nove Estados-membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné Equatorial -- cuja adesão, em 2014, criou polémica, e que ainda não exerceu a presidência rotativa da comunidade.

Na Cimeira de Bissau, na sexta-feira, a Guiné-Bissau irá assumir a presidência rotativa da CPLP por dois anos, sucedendo a São Tomé e Príncipe, e deverá ser decidida a presidência seguinte.

Desde a criação da CPLP, em 1996, há quase 30 anos, Portugal esteve sempre representado nas cimeiras desta comunidade de países ao mais alto nível, com a participação conjunta de Presidente da República e primeiro-ministro, com apenas uma exceção, em 2004, quando o chefe do Governo, recém-empossado, não participou.

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