A edição de hoje
Primeiro-ministro português destaca “sinal de inconformismo” dado por iniciativa multilateral.
Portugal vai contribuir com 300 mil dólares (283 mil euros) anuais para a nova Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada na segunda-feira pelo Presidente do Brasil na Cimeira do G20, no Rio de Janeiro, anunciou o primeiro-ministro.
Este contributo corresponde a “10% das despesas administrativas de funcionamento da Aliança”, da qual Portugal é um dos membros fundadores, detalhou Luís Montenegro. “É útil para todos que o ciclo de pobreza possa ser invertido”, acrescentou o chefe do Governo, à margem do fórum em que Portugal participa como país observador, a convite da Presidência brasileira.
Perante os chefes de Estado e de Governo das 20 maiores economias do Mundo, Montenegro considerou o lançamento da Aliança um “sinal de inconformismo e vitalidade do multilateralismo” e reiterou a condenação da Rússia pela “guerra ilegal de agressão” contra a Ucrânia. A Aliança conta com a adesão de 81 países, 26 organizações internacionais, nove instituições financeiras e 31 fundações filantrópicas e organizações não governamentais.
Já a taxação global dos super-ricos, que Portugal encara “do ponto de vista conceptual com abertura”, levantou, segundo a ministra brasileira do Ambiente, Marina Silva, objeções de “alguns líderes”. A esse respeito Montenegro admitiu à margem do fórum que ainda não existem “condições para assumir uma decisão”. Hoje o Brasil transfere simbolicamente a presidência do G20 para a África do Sul.
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