Os portugueses não querem que o PSD e o CDS -PP concorram coligados às eleições legislativas de 2006, mas acham preferível que a coligação governamental se mantenha até ao fim da legislatura.
De acordo com uma sondagem Correio da Manhã/Aximage, 44,5 por cento dos eleitores são da opinião de que é melhor para o país que a aliança governamental se mantenha, apesar da derrota nas eleições para o Parlamento Europeu, no passado dia 13.
Foi precisamente a derrota eleitoral nas europeias que deu o mote para a realização desta sondagem, na qual apenas 42,6 por cento dos inquiridos se mostraram favoráveis a que o PSD desfizesse a coligação e governasse sozinho. A vontade de manter a aliança até ao fim da legislatura é mais forte entre os eleitores do PSD, 56 por cento, do que entre os apoiantes do CDS-PP, 53,8 por cento.
Os dados revelados por este inquérito vêm, assim contrariar a opinião de vários comentadores políticos, segundo os quais face aos resultados das eleições europeias, a coligação deveria desfazer-se e o PSD deveria governar sozinho, mesmo não tendo a maioria parlamentar.
Recorde-se que, no escrutínio do passado dia 13, a coligação ‘Força Portugal’ só conseguiu eleger nove deputados ao Parlamento Europeu – sete do PSD e dois do CDS-PP. Nas eleições europeias de há cinco anos, os dois partidos juntos tinham elegido um total de 11 eurodeputados – nove sociais-democratas e dois centristas. O descontentamento com o governo deu o melhor resultado de sempre ao Partido Socialista, num escrutínio europeu, que manteve os seus 12 representantes em Estrasburgo. Isto apesar de, devido ao alargamento da União Europeia, Portugal ter visto o número de eurodeputados ser reduzido de 25 para 24.
Quanto às eleições legislativas de 2006 e à possibilidade de os dois partidos se candidatarem coligados, a grande maioria dos portugueses – 61,4 por cento – é contra. Os opositores da reedição da coligação de direita é particularmente alta entre os eleitores do PS, 73,4 por cento, e do PCP, 64,4 por cento. Mas, também, as pessoas que em 2002 votaram PSD e CDS-PP se mostram desfavoráveis à ideia. O número de opositores a uma candidatura conjunta é, contudo, mais elevado entre os simpatizantes sociais-democratas, 52,8 por cento, do que entre os apoiantes centristas, 50,5 por cento.
Esta sondagem demonstra bem a insatisfação dos portugueses face à aliança governamental e o receio que os eleitores de cada um dos partidos têm em que a reedição da coligação prejudique as várias formações partidárias.
SOCIALISTAS MANTÊM LIDERANÇA
Desde há mais de um ano que o PS lidera as intenções de voto dos portugueses e este mês não é excepção. Se as eleições fossem hoje, os socialistas venceriam sem dificuldades com uma diferença considerável em relação ao PSD.
Segundo uma sondagem Correio da Manhã/Aximage, o PS tem 42,8 por cento das intenções de voto, contra 30,3 por cento do PSD, 6,4 por cento da CDU, 4,7 por cento do CDS-PP e 3,3 por cento do Bloco de Esquerda (BE). Em relação a Junho do ano passado, todos os partidos subiram nas intenções de voto, à excepção do PSD que há um ano era apoiado por 38,6 por cento dos inquiridos.
O aumento dos votos de cada partido não se deve só às perdas registas pelos sociais-democratas, mas também a uma diminuição da abstenção, que em Junho do ano passado se situava nos 41,1 por cento e que este mês está nos 39,1 por cento. O número de indecisos também aumentou face a igual período do ano passado e situa-se agora nos 8,9 por cento.
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