Marcelo Rebelo de Sousa destacou o papel da Marinha "ao serviço das populações em situações extremas", como a pandemia.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta sexta-feira que "mais responsabilidades" nas Forças Armadas têm de ser acompanhadas de "meios adequados", sob pena de se frustrarem objetivos.
Na cerimónia de juramento de bandeira e entrega de espadas aos aspirantes do curso "Capitão-tenente Raúl Alexandre Cascais" da Escola Naval, o Comandante Supremo das Forças Armadas condecorou esta instituição com o título de membro honorário da Ordem Militar de Cristo, que se junta a várias outras condecorações já atribuídas por anteriores Presidentes da República.
Na Base Naval do Alfeite, o chefe de Estado destacou o papel da Marinha "ao serviço das populações em situações extremas, como catástrofes e a pandemia", mas também em missões externas, muitas delas humanitárias "no Mediterrâneo, no Báltico, na Somália, na costa da Guiné, em cenários africanos" e na afirmação da soberania nacional "em tão vasto mar territorial e na Zona Económica Exclusiva".
"Assim disponham dos meios indispensáveis e disso terão de curar, estou certo, os governos de Portugal, legislatura após legislatura, sobretudo porque mais responsabilidades sem meios e meios adequados seria um caminho para frustração de objetivos e embotamento de vontades", afirmou, numa cerimónia que contou com a presença do secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, e do Chefe do Estado Maior da Armada, o almirante António Maria Mendes Calado.
À chegada, o Presidente da República recebeu honras militares e, após o juramento de bandeira, entregou as espadas e exemplares de "Os Lusíadas" aos 50 aspirantes, a que se juntaram na cerimónia outros cinco aspirantes bolseiros dos países de língua oficial portuguesa (três de Angola, um de Moçambique e um de São Tomé e Príncipe).
"É amplo, exigente e apaixonante o mundo que este dia vão começar, não isento de avanços e recuos, de esperas e ansiedades, de sucessos e aqui e ali de desilusões à mistura, mas é um grande caminho, de encher o espírito e dar sentido a toda a uma vida", afirmou.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "seria injusto" não atribuir uma nova condecoração à Escola Naval, que "formou milhares" em Portugal desde há 175 anos e "muitos mais vindos de outras latitudes e longitudes".
"Tenho a honra de vos condecorar, de condecorar a Escola Naval neste dia com o título de membro honorário da Ordem Militar de Cristo, escola em que se formaram heróis universais celebrados em 2022 como Gago Coutinho e Sacadura Cabral, ela que tanto honra e projeta Portugal no mundo", afirmou.
A Ordem Militar de Cristo distingue "destacados serviços prestados ao país no exercício das funções de soberania" e a Escola Naval é um estabelecimento de ensino superior público universitário militar, destinado a formar os oficiais dos quadros permanentes da Marinha portuguesa.
Fundada em 1782 com a denominação de Academia Real dos Guardas-Marinhas, passou a chamar-se Escola Naval em 1845 e transferiu-se para o Alfeite em 1936, onde se mantém até hoje.
À cerimónia, que durou cerca de hora e meia sob um sol intenso, assistiram muitos familiares e amigos dos aspirantes que hoje prestaram juramento, concluindo uma formação de cinco anos.
"Neste vosso dia, tende um renovado orgulho na vossa opção de vida, tal como eu tenho na função de Comandante Supremo das Forças Armadas e um reforçado orgulho em todas e todos vós", apelou o Presidente da República, que, como é habitual em cerimónias militares, não prestou declarações à comunicação social.
O capitão-tenente Raúl Alexandre Cascais, patrono do curso de 2016, ingressou na Escola Naval em 1897 e viria a morrer numa missão durante a Primeira Guerra Mundial, em 26 de julho de 1917.
SMA // SF
Lusa/fim
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