Vasco Cordeiro reafirmou o risco de a extrema-direita poder vir a governar o arquipélago.
O candidato do PS a presidente do Governo dos Açores nas eleições legislativas regionais, Vasco Cordeiro, insistiu esta sexta-feira na mobilização dos eleitores, reafirmando o risco de a extrema-direita poder vir a governar o arquipélago.
"Estas eleições, além das questões de propostas e medidas, têm algo que está muito presente e que é a possibilidade, o risco, dos Açores serem a primeira região do país onde a extrema-direita entra formalmente no governo, uma vez que já tem acompanhado esta solução do CDS, do PPM e do PSD, e acho que isso deve mobilizar todos os açorianos", disse Vasco Cordeiro, também líder do PS/Açores, referindo-se ao Chega.
Em Água de Pau, no concelho da Lagoa, ilha de São Miguel, numa ação de rua no último dia da campanha eleitoral, o candidato, acompanhado pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, reiterou o apelo "aos socialistas, aos não socialistas, a todos aqueles que prezam a democracia, a liberdade, a tolerância, o respeito pelo outro", para que se mobilizem para votar no domingo, dia das eleições regionais, e em 10 de março, data das legislativas nacionais.
Já Pedro Nuno Santos salientou que é preciso estar alerta e "combater qualquer hipótese" de haver "um governo condicionado pela extrema-direita" no país.
"Temos 50 anos de democracia, uma democracia que nos custou muito a conquistar [...]. Nós queremos barrar qualquer possibilidade de termos uma solução dessas que falhou aqui nos Açores", acrescentou, pedindo à população para que não se deixe enganar, nem iludir com projetos que "são irrealizáveis.
Para o secretário-geral do PS, é necessário "conseguir que Portugal não se junta à lista de países que têm a extrema-direita a influenciar e condicionar a governação".
Com uma banda de música a abrir caminho pelo centro da freguesia, os líderes nacional e regional do PS foram distribuindo cumprimentos, com Vasco Cordeiro, cabeça de lista pelos círculos de São Miguel e de compensação, a insistir: "vamos a isso no domingo", "é preciso ir lá".
De populares, o candidato foi recebendo desejos de "felicidades", "tudo de bom", "muita força" e que "corra tudo bem".
"É preciso ir lá no domingo e no dia 10 de março", repetiu, vezes sem conta, Vasco Cordeiro, tendo uma mulher retorquido: "Se não chover". O cabeça de lista replicou: "É mesmo com chuva".
A Pedro Nuno Santos, uma cidadã, referindo-se ao antigo presidente do Governo Regional dos Açores (2012-2020), afirmou que "não há melhor que ele, nem no continente", tendo um morador garantido que a sua bandeira "é sempre uma, o PS e o Benfica".
"Viva o Vasco Cordeiro, vais voltar para a tua casa [Palácio de Santana, presidência do Governo Regional]", acrescentou outra cidadã, com Vasco Cordeiro a responder: "A casa não é minha, mas eu percebo a ideia".
Pelo caminho, a comitiva foi confrontada com a presença de três lesados do Banif, um dos quais exibia um cartaz "queremos as nossas poupanças" e pediu explicações, sobretudo ao deputado socialista Francisco César, cabeça de lista pelo círculo dos Açores às legislativas nacionais.
"A ministra [da Agricultura] já tem 430 milhões para dar aos agricultores, porque vão fazer cócegas nas estradas portuguesas. Como é que um governo em gestão não pode resolver o problema dos lesados", questionou o lesado, com Francisco César a assegurar que o processo está a avançar, mas a legislatura ficou pelo caminho.
O Presidente da República decidiu dissolver o parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas para o próximo domingo, dia 04 de fevereiro, após o chumbo do Orçamento para este ano. Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.
Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.
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