Deputado João Torres afirmou que este é "um Governo de continuidade e não de novidade".
O PS mostrou-se esta quarta-feira apreensivo com a composição do Governo, que considerou trazer "pouco de novo", criticando a continuidade da ministra da saúde, a subalternização da cultura e a transição direta da provedora de Justiça para o executivo.
"Esta composição do novo Governo traz pouco de novo e o pouco de novo que traz gera apreensão ao PS", referiu o dirigente e deputado do PS João Torres numa reação à composição do novo executivo na sede do PS em Lisboa.
Considerando que este é "um Governo de continuidade e não é de todo um Governo de novidade", o socialista manifestou perplexidade com o facto de se insistir em Ana Paula Martins para a saúde, considerando que se trata de uma "solução desgastada" e que a ministra "já demonstrou por inúmeras ocasiões que não está à altura das responsabilidades".
João Torres criticou ainda que este seja um "novo elenco governativo que subalterniza o Ministério da Cultura" e mostrou "apreensão redobrada" com o facto de Maria Lúcia Amaral "transitar diretamente" da função de Provedora da Justiça" para ministra da Administração Interna, o que considerou desprestigiar a função de provedora.
"Não colocamos em causa a legitimidade numa perspetiva legal dessa designação, mas não poderíamos deixar de assumir uma certa estupefação por esta transição direta que, insisto, do ponto de vista do Partido Socialista, desprestigia a função de Provedor de Justiça", referiu.
Para o deputado do PS, Luís Montenegro "entendeu que o resultado eleitoral das eleições legislativas do passado dia 18 de maio reforçou cada um dos ministros que compunha o seu Governo".
"Infelizmente, o senhor primeiro-ministro não teve em consideração, na escolha dos novos ministros e das novas ministras, a degradação ou o declínio das condições económicas e sociais do país, muito em particular em pilares decisivos do Estado Social, como é disso exemplo manifesto o setor da saúde", criticou.
Segundo o dirigente do PS, a saída de Pedro Reis do Ministério da Economia talvez esteja "relacionada com os maus indicadores económicos do primeiro trimestre deste ano" e "essa seja uma assunção de um falhanço no que diz respeito ao crescimento económico, área que a direita e, em particular, a Aliança Democrática, tanto priorizaram no seu discurso político, mas que não acontece efetivamente na prática".
O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, vai manter no próximo Governo treze dos 17 ministros do executivo cessante, e o XXV Governo Constitucional terá 16 Ministérios, menos um do que o anterior.
Em relação ao executivo anterior, ficam de fora Pedro Duarte, até agora ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Reis, ministro da Economia, Margarida Blasco, ministra da Administração Interna, e Dalila Rodrigues, ministra da Cultura.
Montenegro aproveitou para fazer algumas alterações orgânicas, criando um novo Ministério, o da Reforma do Estado, mas cortando a Economia e a Cultura como pastas autónomas. A Economia passa estar associada à pasta da Coesão Territorial, enquanto a Cultura fica no mesmo Ministério que a Juventude e Desporto.
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