"É muito importante que o PSD perceba que está muito longe da maioria absoluta e que tem mesmo de negociar no parlamento", defendeu Pedro Nuno Santos.
O secretário-geral do PS afirmou esta quinta-feira que o partido está disposto para fazer cedências no IRS, mas salientou que, se o PSD quer um acordo, terá de "ter humildade" e "levar a sério" as propostas dos socialistas.
Em declarações aos jornalistas à chegada à Adega Regional de Colares, onde vai participar numa reunião do Conselho Estratégico Empresarial de Sintra, Pedro Nuno Santos foi questionado sobre a nova proposta feita pelo PSD e CDS sobre IRS, que reforça a descida das taxas nos 3.º e 4.º escalões.
Na resposta, Pedro Nuno Santos disse esperar que o Grupo Parlamentar do PSD "esteja disposto para se aproximar do PS", salientando que foi a proposta dos socialistas que foi aprovada na generalidade no parlamento, e não a do Governo, que "teve de baixar à especialidade sem votação".
"Por isso, é importante que haja humildade de ambas as partes: nós estamos disponíveis para fazer cedências, mas é muito importante que o PSD perceba que está muito longe da maioria absoluta e que tem mesmo de negociar no parlamento", defendeu.
Questionado se espera que as negociações sejam feitas com base na proposta do PS, e não na do PSD, Pedro Nuno Santos respondeu: "O PS também já fez uma nova proposta, está-se a partir do princípio que o PSD fez uma proposta como se já não tivesse havido uma proposta do PS".
O líder do PS salientou que espera que "as partes se aproximem, com a certeza de que a proposta que foi aprovada no parlamento, que teve viabilidade para ser aprovada no parlamento, foi a do PS, não foi a do Governo".
"Por isso, tem de haver aqui humildade: o Governo não tem maioria absoluta, tem o mesmo número de deputados que o PS. Por isso, se quer um acordo com o PS, tem de levar a sério o que o PS propôs e as contrapropostas que o PS vai fazer", frisou.
Nestas declarações aos jornalistas, Pedro Nuno Santos voltou a defender que o Governo deve apresentar os estudos que estão na "base do anúncio do reforço de movimentos por hora no aeroporto de Lisboa", salientando que é uma questão não foi avaliada pela comissão técnica independente.
"Isso sim é muito importante para termos a certeza de que o Governo de facto toma decisões fundamentadas e ponderadas. Não estou a dizer que não se deva reforçar, estou a dizer que, antes de tomarmos decisões, elas devem ser estudadas, avaliadas, ponderadas, fundamentadas e esta aparentemente não foi", defendeu.
Já sobre as propostas apresentadas pelo Chega e a Iniciativa Liberal de uma comissão de inquérito à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Nuno Santos disse que o PS as tem de avaliar antes de tomar uma decisão, mas salientou que, como princípio geral - e não neste caso em concreto -, considera que o parlamento não se deve "tornar numa comissão parlamentar de inquérito permanente".
Pedro Nuno Santos criticou ainda a exoneração da provedora da SCML, Ana Jorge, salientando que foi demitida "com alegações que se vieram a revelar falsas" e lamentou "que um ministro use da calúnia para fazer saneamento".
"Deixa-nos poucas dúvidas de que é saneamento político e isso tem acontecido em várias frentes: estamos a falar de mandatos que estão a ser interrompidos, sem que haja uma explicação clara sobre as razões para essas substituições", afirmou.
O líder do PS disse ainda que se deslocou à Adega Regional de Colares para discutir economia, considerando que "infelizmente é uma coisa que ainda não se fez desde que houve eleições legislativas".
"Este é mesmo o tema mais importante para o país e para o desenvolvimento nacional, e dos políticos em geral, do Governo em particular, ouvimos zero até agora, e eu queria deixar essa nota", acrescentou, numas declarações em que recusou comentar o conteúdo da reunião que teve esta semana com o primeiro-ministro, Luís Montenegro.
Na quarta-feira, O PSD apresentou um projeto de substituição da proposta do Governo no IRS, reforçando a descida das taxas nos 3.º e 4.º escalões e aumentando a do 6.º, abrindo ainda caminho à atualização anual dos escalões.
O anúncio da nova proposta do PSD foi feito durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro, tendo o líder da bancada parlamentar dos sociais-democratas, Hugo Soares, referido que o objetivo do novo texto é aproximá-lo das propostas do PS, Chega e BE.
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