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"PS escancarou a porta": Leitão Amaro responsabiliza Partido Socialista por descontrolo da política da imigração

Ministro da Presidência acusou o partido da oposição de ser "irresponsável".

08 de abril de 2025 às 18:48

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, acusou esta quarta-feira, o PS por ter sido "irresponsável" o que levou ao descontrolo da política de imigração.

"PS escancarou a porta" e "deixou acumular dezenas de milhares de processos afirmou o ministro. Leitão Amaro defende ainda que foi o PSD que voltou a regular a imigração com diversas medidas. 

Em conferência de imprensa, na sequência da divulgação do relatório intercalar da recuperação de processos pendentes na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), António Leitão Amaro explicou que o prazo, abaixo da média comunitária, é fator de atração de imigrantes, que procuram beneficiar essa medida.

"Foi uma mudança muito rápida" e a "maior alteração demográfica a que assistimos nas nossas vidas", afirmou Leitão Amaro, acusando o Governo PS de uma "irresponsabilidade que gerou uma grande desumanidade" junto daquelas populações, porque os serviços públicos não conseguiram acompanhar o aumento da procura.

"É importante que o país conheça e discuta esta transformação" demográfica, "porque o Partido Socialista mudou a lei da imigração" de Portugal, disse Leitão Amaro.

Hoje, a segurança social recebe muito mais verbas do que paga em prestações sociais, mas esse impacto a "longo prazo é incerto" para as contas portuguesas, salientou o governante.

Por outro lado, surgiram em Portugal "pessoas com diferentes culturas, línguas e religiões", que aumentaram a diversidade do tecido social, mas esse "crescimento muito rápido da imigração pode ser uma fonte de intranquilidade nas comunidades".

Por isso, este executivo assumiu como compromisso "acabar com a imigração descontrolada", optando por uma "imigração regulada com humanismo".

"Não seguimos os radicais com as portas escancaradas", nem os "populistas que querem as portas fechadas", afirmou, salientando que, hoje, a "prioridade da migração é para quem vem com contrato de trabalho, quem vem para trabalhar e com condições".

Na segunda-feira, centenas de imigrantes, a maior parte do subcontinente indiano concentraram-se junto à sede da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) a contestar a falta de resposta aos pedidos pendentes.

Leitão Amaro reconhece que muitos imigrantes "não foram bem tratados pelo Estado português", porque o Governo socialista "destruiu o serviço de imigração" e "ficaram perto de um milhão de pessoas à espera de resposta", entre a AIMA e o IRN.

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