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PS exige que Governo explique aumento de 1.461 mortes este ano em Portugal

José Luís Carneiro sublinhou que "tem de haver explicações".

31 de dezembro de 2025 às 13:45

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, instou, esta quarta-feira, o Governo a explicar o porquê de este ano, até 29 dezembro, haver mais 1.461 mortos em Portugal do que no período homólogo de 2024.

Em declarações aos jornalistas no final de uma visita à Unidade Local de Saúde de Barcelos/Esposende, Carneiro sublinhou que "tem de haver explicações".

"No dia 29 de dezembro deste ano, tínhamos mais 1.461 mortos detetados e registados no Serviço Nacional de Saúde. Ora, tem de haver explicações para que isto esteja a acontecer (...). É muito importante que o Governo e o primeiro-ministro, particularmente o primeiro-ministro, possa explicar quais são as causas", referiu.

O líder do PS disse que não se deve utilizar estes dados para criar alarme público, mas vincou o "dever de perguntar o que é que está a falhar".

"Falhou o cuidado com os idosos nos estabelecimentos residenciais para idosos? Falhou o cuidado no transporte desses idosos ou nos cuidados primários de saúde? Falhou o cuidado com os idosos no acesso às urgências hospitalares? É preciso encontrar uma explicação", exigiu.

Carneiro deixou ainda "uma palavra de lamento" por aquilo que está a acontecer de novo nas urgências da Grande Lisboa, particularmente nas áreas d obstetrícia, ginecologia, pediatria e emergência pré-hospitalar.

"Em julho deste ano, enviei ao primeiro-ministro uma proposta para a gestão e a coordenação da emergência pré-hospitalar. Até hoje, não mais tivemos resposta da parte do Governo. É muito importante que o Governo explique o que é que se está a passar nas urgências da grande área metropolitana de Lisboa, que continuam a mostrar um caos com 20 horas de espera, o que é que justifica que tenhamos 20 horas de espera para se aceder aos cuidados de saúde no nosso tão importante Serviço Nacional de Saúde (SNS)", apontou.

Para o secretário-geral do PS, tudo isto mostra que há um "descontrolo" na capacidade de gestão e de organização do SNS.

"Isto é uma evidência para todos que observam a realidade do país", rematou.

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