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PS Madeira censura "falta de diálogo" da maioria PSD/CDS-PP

Na semana passada foram chumbadas no parlamento regional várias propostas do grupo parlamentar do PS, com os votos contra do PSD/CDS-PP.

28 de maio de 2025 às 13:22

O PS/Madeira criticou esta quarta-feira a postura de "falta de diálogo" da maioria PSD/CDS-PP na Assembleia Legislativa Regional, que continua a chumbar todas as propostas apresentadas pelo partido, considerando que "não reconhece os problemas" na Região.

"É com grande preocupação que o PS vê a postura da maioria (PSD/CDS-PP), sem qualquer abertura para o diálogo, recusando sistematicamente todas as propostas que apresentamos", afirmou a deputada socialista Marta Freitas, numa intervenção política na Assembleia Legislativa da Madeira, no Funchal.

A parlamentar censurava o facto de terem sido chumbadas seis propostas apresentadas pela bancada socialista no parlamento madeirense na passada semana.

Para a eleita socialista, "o que está em causa não são apenas divergências partidárias". As propostas "não foram chumbadas por serem más propostas, mas apenas por serem da oposição", acusou.

Marta Freitas realçou que a mesma maioria decidiu aprovar uma proposta do Chega, "encerrando o diálogo ao centro-direita", preferindo diálogo à extrema-direita.

Na passada semana foram chumbadas no parlamento regional, com os votos contra do PSD/CDS-PP, propostas do grupo parlamentar do PS visando a realização de uma auditoria externa às listas de espera na saúde, atribuição de benefícios adicionais para os idosos, realização de um estudo alargado sobre a pobreza e de um diagnóstico urgente à saúde mental, criação de um programa sobre a violência digital nas escolas e promoção de produtos agrícolas nas escolas e cantinas.

"Este governo e esta maioria parlamentar PSD/CDS não querem dialogar, não reconhecem os problemas da Região e das pessoas e, por isso, não agem para os resolver", declarou.

Marta Freitas concluiu: "Alertamos que, em 50 anos, foram poucas as propostas da oposição aprovadas" pelo PSD.

O PS passou de segunda para a terceira força partidária no parlamento da Madeira, tendo sido ultrapassada pelo JPP nas últimas eleições regionais, em 23 de março.

A Assembleia da Madeira é composta 47 deputados, sendo 23 do PSD, 11 do JPP, oito do PS, três do Chega, um do CDS-PP e outro da IL.

No plenário desta quarta-feira esteve, também em discussão uma proposta de lei à Assembleia da República, da autoria do PS, visando um regime excecional temporário de cumprimento de obrigações fiscais, de modo a auxiliar a economia regional perante a aplicação de direitos aduaneiros impostos pelos Estados Unidos da América, com o objetivo de "salvaguardar as empresas e a economia" da Madeira, defendeu o deputo Gonçalo Leite Velho.

O social-democrata Brício Araújo destacou que as tarifas de 50% sobre as exportações da União Europeia, anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estão adiadas até julho, defendendo que a proposta "é completamente desligada da realidade madeirense e desadequada", tendo revelado antecipadamente o chumbo desta iniciativa do PS.

Miguel Castro, do Chega, considerou ser uma perda de tempo estar a abordar esta questão, porque é o Governo da República e a União Europeia que vão negociar para colmatar esta situação, defendendo ser esta uma matéria "fetiche" do PS.

Os deputados ainda debateram um projeto de resolução do JPP que recomenda ao Governo Regional (PSD/CDS-PP) o lançamento de uma campanha de prevenção rodoviária.

As iniciativas legislativas são votadas em plenário na quinta-feira.

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