Deputado do PS afirmou que o Governo se tem empenhado numa "política de valorização dos profissionais de saúde e da sua fixação".
O PS rejeitou esta segunda-feira as críticas do BE sobre a fixação de profissionais no Serviço Nacional de Saúde, argumentando que o executivo tem sido "consistente" na valorização destes trabalhadores e apelando ao diálogo para responder a "desafios estruturais".
"As acusações do BE em relação à fixação de profissionais no SNS é falsa e a prova do algodão é que desde 2015 mais de 28 mil profissionais de saúde já se fixaram no SNS e têm feito um trabalho notável na linha da frente ao combate a esta pandemia", defendeu o deputado e secretário-geral da Juventude Socialista (JS), Miguel Costa Matos.
As declarações do deputado à agência Lusa surgiram depois de a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, ter acusado esta segunda-feira o Governo de "nunca ter concretizado" as medidas no Orçamento do Estado de 2019 para fixar profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS), apontando como "absoluta necessidade" qualificar as carreiras daqueles trabalhadores.
Miguel Costa Matos respondeu que o Governo se tem empenhado numa "política de valorização dos profissionais de saúde e da sua fixação".
"Nós temos 28 mil trabalhadores que já se fixaram desde 2015, e o Governo tem-se empenhado nesta política de valorização dos profissionais de saúde e da sua fixação. São 10.000 enfermeiros, são 6.000 médicos - e aliás, desde a covid nós tivemos mais 13.000 profissionais de saúde. É certo que 10.000 são a termos certo e 3.000 são a termo incerto, mas já foram convertidos em contratos sem termo mais de 2.000 destes profissionais", apontou.
O socialista adiantou ainda que existem concursos lançados "para 700 profissionais dos centros de saúde, mais de 500 nos Cuidados Intensivos" destacando ainda que "o concurso para os médicos recém formados, a primeira época, é o maior de sempre", existindo "mais de 1.500 vagas".
"Tendo em conta que também todos os anos há uma falta de médicos para formar jovens médicos, nós abrimos um concurso, o Governo abriu um concurso, de 250 assistentes graduados seniores para que não haja tantos jovens que chegam ao final do seu curso de Medicina e não podem ir fazer a sua especialidade, isso é um drama estrutural, que o Governo vai agora corrigir", sublinhou.
Na opinião de Miguel Costa Matos, "a política do Governo é muito consistente no sentido de valorizar estes profissionais de saúde e dar-lhes condições para se fixarem no SNS", apesar das dificuldades.
"É certo que este é um desafio estrutural de valorizar os profissionais de saúde. Há ainda muita coisa a fazer, nós precisamos de fazer dedicação plena no SNS. O Orçamento do Estado do ano passado, no artigo 298, previa que isso pudesse ser feito no pós-pandemia, o primeiro-ministro no último debate do Estado da Nação já referiu que estamos a trabalhar ativamente nisso, também está no programa de Governo a revisão das carreiras", continuou.
Segundo o deputado, "o BE pode continuar a fazer a vista grossa aos avanços" atuais, algo compreensível, ressalvou, "na medida em que votaram contra o Orçamento do Estado, que foi dos Orçamentos do Estado que mais valorizou e investiu no SNS".
"Podemos olhar apenas para o que ainda é preciso fazer, há sempre muita coisa que é preciso fazer e por onde podemos continuar a construir o SNS. Mas aquilo que também é importante dizer é que isto é um bom início de conversa para o futuro, para o Orçamento do Estado de 2022, para o caminho que ainda é preciso construirmos em conjunto, em diálogo, entre o Governo e a esquerda parlamentar", sublinhou.
Para o socialista, se o caminho que tem sido feito desde 2015 "já permitiu 28 mil profissionais de saúde fixarem-se no SNS", então é esse caminho que tem de se "continuar em conjunto".
"Se há desafios que ainda precisam de ser resolvidos aquilo que é necessário é que continuemos a falar sobre eles e consigamos chegar a um entendimento e possamos dotar o SNS dos recursos para que assim seja", rematou.
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