Ministro dos Negócios Estrangeiros afirma que "não é possível dar uma resposta clara" sobre eventual missão de manutenção da paz.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, insistiu esta segunda-feira que "é totalmente extemporâneo" ponderar sobre o apoio que Portugal poderá prestar à Ucrânia na eventualidade de um acordo de paz com a Rússia.
Questionado pelos jornalistas sobre a disponibilidade de Portugal para integrar uma possível missão de manutenção da paz na Ucrânia, decorrente de um eventual acordo de paz com Moscovo, Paulo Rangel considerou que esse cenário, "sinceramente, é totalmente extemporâneo".
No âmbito de uma reunião ministerial em Bruxelas, Rangel acrescentou que "compreende a curiosidade, só que neste momento não é possível dar uma resposta clara".
"Aquilo que Portugal tem dito sempre -- e que eu aqui reafirmo -- é que estará sempre disponível para, no quadro da UE ou outros [...], contribuir para ajudar a Ucrânia", comentou o governante português.
Paulo Rangel admitiu a possibilidade de "outros cenários" em que o apoio de Portugal seja útil e que não contemplem a presença de militares portugueses no território ucraniano, no futuro, nomeadamente na área da educação e lembrou a conversa que teve com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na última sexta-feira, durante uma visita a Kiev, capital do país invadido há mais de três anos pela Rússia.
"A ajuda à Ucrânia é inquestionável [...], nós estamos preparados", sustentou.
O ministro também avançou que o Governo, que vai entrar em gestão por causa das eleições legislativas antecipadas, vai dialogar com a oposição os próximos parâmetros do apoio à Ucrânia.
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