Presidente da Câmara do Porto defende que "importa testar operacionalmente, antes de qualquer decisão definitiva.
O presidente da Câmara do Porto defende que "importa testar operacionalmente, antes de qualquer decisão definitiva", o metrobus a contornar a rotunda da Boavista, em vez de entrar nela em contramão para fazer inversão de marcha.
Numa carta a que a Lusa teve acesso, Rui Moreira defende que "importa testar operacionalmente a solução" de colocar o metrobus a circular na rotunda da Boavista, "antes de qualquer decisão definitiva, de forma a aferir a alternativa mais eficaz para garantir a frequência prevista do serviço -- fator determinante para que este novo modo de transporte se afirme como um caso de sucesso na cidade".
"Tendo presente que não se prevê o início da operação durante o presente mandato, não se identificam objeções à solução em apreço, desde que a mesma se revele vantajosa do ponto de vista da fluidez operacional", escreve o autarca numa carta a que a Lusa teve acesso.
A posição do autarca, surge em resposta à avaliação técnica da STCP, futuro operador do metrobus, aos ensaios levados a cabo pela Metro do Porto a 05 de junho, que testaram o veículo a fazer inversão de marcha no topo da avenida da Boavista.
"É tecnicamente necessário e justificável recorrer à rotunda da Boavista como ponto de inversão", sustenta a STCP, noutra missiva a que a Lusa teve hoje acesso.
O presidente da autarquia indicou, na resposta, que as "preocupações" transmitidas pela empresa "coincidem com as observações partilhadas pela Polícia Municipal" relativamente aos ensaios.
Para Moreira, "a vantagem" de o metrobus ser "um modo não ferroviário reside, precisamente, na flexibilidade acrescida para testar e implementar soluções ajustadas às condições reais de exploração".
O presidente da Câmara do Porto lembra que, "desde a apresentação inicial do projeto pela Metro do Porto, responsável pela conceção e execução do projeto", a autarquia manifestou "particular preocupação" com "a solução prevista para o término a leste da operação", junto à rotunda da Boavista.
"A inexistência, no mercado, de veículos bi-direcionais -- assinalada pela Metro do Porto -- condiciona, desde logo, a configuração do projeto nesse ponto", assinala.
De acordo com Moreira, na versão inicial "previa-se a utilização da rotunda para operações de embarque e desembarque de passageiros, bem como para a inversão de marcha no arranque de um novo serviço".
"Contudo, essa solução não foi aceite pelo município, considerando os impactos negativos que implicaria, designadamente a necessidade de construção de cais e paragens em áreas classificadas dos jardins", recorda.
A autarquia teve ainda em consideração "os riscos acrescidos de atropelamento decorrentes do atravessamento das faixas de rodagem por parte dos utilizadores" e "os constrangimentos adicionais à fluidez de tráfego rodoviário", devido à "necessidade de compatibilizar a operação com paragens no interior da rotunda".
"Trata-se, no entanto, de uma solução distinta da proposta agora apresentada [pela STCP]. Nesse contexto, e enquanto autoridade de transporte, compete ao município considerar, tanto quanto possível, as recomendações técnicas do operador histórico e com vasta experiência em transporte rodoviário de passageiros -- a STCP", afirma.
Moreira indica que "está pendente, ao fim de dois anos, a assinatura do memorando quadripartido entre o Estado, o município, a Metro do Porto e a STCP, por exclusiva responsabilidade do Governo", frisando que a Câmara não "abdicará se exigir que a STCP passe a operar o serviço",
O autarca recorda os "múltiplos constrangimentos associados ao processo de construção e arranque" do projeto, que têm "contribuído para o seu descrédito junto da população", e avisa que "a divulgação massiva de imagens e vídeos dos ensaios, promovida de forma propagandística pela Metro do Porto, apenas contribuiu para acentuar a desconfiança que vai grassando e que a todos deve preocupar".
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