Autarca independente frisou, no entanto, que ainda há "algumas coisas para discutir".
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse, esta segunda-feira, na Assembleia Municipal que a Metro do Porto aceitou as alterações propostas pela autarquia para a segunda fase do metrobus, objeto de uma recente petição pública.
"No dia 30 de maio, sexta-feira, recebi, ao fim da tarde, uma carta do senhor presidente da Metro do Porto [Tiago Braga], em que o que diz é que depois de há dois meses andarmos a insistir nisto também nas reuniões quinzenais, que a Metro do Porto concorda com esta solução", disse, esta segunda-feira, Rui Moreira numa sessão extraordinária da Assembleia Municipal.
Em causa está o trajeto entre o Liceu Garcia de Orta e o Castelo do Queijo, em que executivo municipal, segundo Rui Moreira, tem feito "um conjunto de exigências" à Metro do Porto, em interações sucessivas, relativamente à segunda fase do metrobus.
"A solução que nós defendemos para o metrobus é que há uma parte da Avenida da Boavista", entre o liceu Garcia de Orta e o Castelo do Queijo, implica que o metrobus "deve andar, tal como na [avenida] Marechal [Gomes da Costa], fora da faixa central".
Rui Moreira defendeu que tal seria possível porque é um segmento onde "há pouca procura", visando também "reduzir a velocidade" naquela zona da Avenida da Boavista, "que de outra maneira nao seria reduzida".
"E depois também queremos salvaguardar aquela parte da ciclovia bem construída", numa "zona da fruição da cidade, junto ao Parque da Cidade", acrescentou.
O autarca independente frisou, no entanto, que ainda há "algumas coisas para discutir", como se o "metrobus deve andar segregado ou banalizado".
"A minha opinião deixo-a já aqui: é que deve ser banalizado, porque se nós insistmos que na Marechal Gomes da Costa deve ser banalizado, por maioria de razão deveria ser banalizado naquela parte da Avenida da Boavista, onde tem pouco trânsito", disse.
Rui Moreira adiantou ainda que no âmbito da conceção do projeto, as alterações estimadas têm um custo de cerca de 210 mil euros.
O autarca defendeu ainda que a segunda fase do metrobus só deve arrancar depois de chegarem os autocarros e começar a operação da primeira, que ainda não aconteceu, falando em "mentiras" impingidas pela Metro do Porto relativamente a prazos.
"Em abril disseram-nos que o primeiro veículo experimental iria fazer experiências na Avenida da Boavista em maio deste ano. Disseram-nos isto em abril. Se tivessem dito no ano passado, eu percebia", criticou.
Rui Moreira reiterou que a obra da primeira fase ainda não foi entregue à Câmara do Porto, e assinalou que "a população não sabe e desconfia de como é que o metrobus vai funcionar".
O candidato do PSD/CDS à Câmara do Porto Pedro Duarte encabeça uma petição para suspender e mudar a segunda fase do metrobus, defendendo a circulação sem canal dedicado e a salvaguarda de árvores e da atual ciclovia.
No mesmo dia em que foi conhecida a petição (22 de maio), Rui Moreira afirmou concordar com a mesma, suspender e mudar a segunda fase do metrobus, defendendo a circulação sem canal dedicado e a salvaguarda de árvores e da atual ciclovia.
O documento tem atualmente cerca de 3.353 assinaturas.
O metrobus ligará a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) e estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e no segundo Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).
Os veículos do serviço serão autocarros a hidrogénio visualmente semelhantes aos do metro convencional e construídos por 29,5 milhões de euros por um consórcio que integra a CaetanoBus e a DST Solar, incluindo a infraestrutura de alimentação.
A obra do metrobus custa cerca de 76 milhões de euros.
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