Território em torno da estação de Campanhã ficará "irreconhecível no médio e longo prazo".
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou esta terça-feira que o plano de urbanização de Campanhã representa uma "verdadeira revolução urbanística" e permitirá "resgatar a zona oriental de décadas de abandono, decadência e descaracterização".
"O Plano de Urbanização de Campanhã representa uma verdadeira revolução urbanística. Meço bem as palavras quando digo revolução urbanística. Não se trata de um exagero de retórica ou de um excesso de expectativa", afirmou Rui Moreira, durante a apresentação do plano.
Destacando que o território em torno da estação de Campanhã ficará "irreconhecível no médio e longo prazo", resultado da intervenção motivada pela linha de alta velocidade, Rui Moreira afirmou que aquela zona da cidade continua a ser "um território de intervenção prioritária".
"Negligenciada durante décadas por diferentes decisores políticos, Campanhã continua a ser, como sabem, uma zona económica e socialmente deprimida. Nela subsistem problemas de carência habitacional, inclusão social, coesão territorial e precariedade infraestrutural", referiu, destacando que o plano "aponta um caminho", nomeadamente, para uma "nova centralidade capaz de resgatar a zona oriental de décadas de abandono, decadência e descaracterização".
"Campanhã não voltará a estar à margem do resto da cidade. E a linha de caminho-de-ferro que atravessa a freguesia vai deixar de ser uma barreira para se tornar um horizonte de mudança", acrescentou.
À margem da sessão, o vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, Pedro Baganha explicou aos jornalistas que o plano, a desenvolver em redor da estação de Campanhã, vai permitir resolver "um conjunto de problemas", nomeadamente ao nível da mobilidade.
"Um dos problemas com que a freguesia se debate é o problema da mobilidade. A freguesia tem um relevo muito acidentado e historicamente sofre com o problema da barreira constituída pela ferrovia, o que se pretende é aproveitar este plano de urbanização e este investimento na ferrovia para resolver estes problemas de mobilidade", observou.
Uma das soluções, apresentada na sessão pelo arquiteto do projeto Joan Busquets, passa pela criação de um "anel hibrido", isto é, um conjunto de "arruamentos existentes e propostos" que vão constituir uma "nova forma de distribuição do tráfego automóvel" em torno da estação.
A par da mobilidade, o plano de urbanização vai permitir também "construir uma estação de duas faces", abrindo Campanhã a oriente.
"Esta é a oportunidade de termos uma estação não de uma só face, mas de duas faces, por isso é que o que está a ser proposto é um edifício ponte, uma estação ferroviária por cima das linhas de caminho-de-ferro, com uma nova fachada (...) virada a oriente", disse, acrescentando que o plano prevê também a criação de um túnel na continuação da rua do Godinho e passando por baixo da ferrovia, a sul da avenida 25 de Abril.
"Esse túnel permite fechar o anel rodoviário", afirmou.
De acordo com o vereador, os investimentos na estação de Campanhã estão dependentes da Infraestruturas de Portugal (IP) e que os investimentos na cidade são a "médio e longo prazo".
"Estamos a falar de pelo menos 12 a 24 meses para terminarmos o plano de urbanização que teve a primeira hora hoje, que se inicia hoje, e depois do plano aprovado sabemos que estes processos de transformação urbana demoram sempre muito tempo", afirmou Pedro Baganha.
A requalificação da estação de Campanhã, no Porto, no âmbito do projeto de Alta Velocidade ferroviária, poderá torná-la no "principal 'hub' ferroviário do país", adiantou esta terça-feira o vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), Carlos Fernandes.
"A estação de Campanhã vai-se constituir como um dos principais 'hubs' [pontos centrais] ferroviários do país, senão mesmo o principal hub ferroviário do país", disse esta terça-feira o responsável da IP, durante a apresentação do Plano de Urbanização de Campanhã, no Porto.
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