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Rui Rio acelera fecho de listas ao congresso

A dois dias do início da reunião magna do PSD, novo presidente alinhava nomes para órgãos sociais.

14 de fevereiro de 2018 às 08:22

A dois dias do início do congresso do PSD, Rui Rio acelerou a composição dos órgãos sociais a apresentar na reunião magna do partido. O presidente eleito terá chamado para a comissão permanente Maló de Abreu, dentista que integra o círculo de pessoas mais próximas do antigo autarca.

Oficialmente, a lista a apresentar está fechada na cabeça de Rio. E nem os mais próximos arriscam avançar nomes. Segundo várias fontes contactadas pelo CM, a prioridade do ex-autarca é concluir a composição da comissão permanente – processo praticamente encerrado –, ou seja, os cinco vice-presidentes, o secretário-geral e, por uma questão de articulação, o líder parlamentar. Só depois começará a fazer convites para os restantes órgãos sociais do PSD.

Nomes como David Justino, Salvador Malheiro e Feliciano Barreiras Duarte deverão fazer parte da equipa, tal como o CM já tinha avançado. Há quem admita que, para o conselho nacional, Rio convide Santana Lopes, com quem disputou as diretas, numa tentativa de apaziguar divisões.

Quanto ao congresso em si, que terá lugar entre sexta-feira e domingo, em Lisboa, foram apresentadas 20 moções temáticas e quatro de alteração aos estatutos do PSD. O fim das diretas e a abertura do partido à realização de primárias com a participação de simpatizantes é uma das propostas que estarão em discussão, apresentada pelo ex-líder da JSD Pedro Rodrigues.

Várias outras moções colocam as questões da interioridade na agenda. Pedro Duarte, ex-líder do PSD, e o comissário europeu Carlos Moedas levam a debate o dossiê do rendimento básico universal.

Mas a moção que mais afronta a nova liderança é a de Miguel Pinto Luz, o ex-líder do PSD Lisboa, que impõe a Rio uma vitória nas próximas legislativas e o desafia a esclarecer qual a estratégia do partido, de forma clara, em caso de derrota.

SAIBA MAIS 

1985

em maio de 1985, poucos meses após Mota Pinto ter abandonado o governo de Bloco Central, surgiu no congresso da Figueira da Foz Cavaco Silva, que haveria de liderar o PSD por dez anos. Era um quase desconhecido que rumou à Figueira para "fazer a rodagem" do Citroën.

"Sulistas e elitistas"

Um dos congressos mais quentes foi em 1995, no Coliseu de Lisboa, quando Luís Filipe Menezes apelidou os dirigentes do PSD de "sulistas, elitistas e liberais", quando se discutia o sucessor de Cavaco Silva.

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