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Rui Rio quer que PSD seja alternativa ao PS mas com consenso

Rui Rio quer os portugueses a olhar para o PSD como alternativa aos socialistas.

27 de maio de 2019 às 01:30

Um mau resultado, mesmo sem a perda de deputados. O PSD foi um dos vencidos da noite e Rio um dos derrotados. O presidente do PSD assumiu que o partido ficou aquém dos objetivos. "Não vale a pena ler números onde eles não existem", afirmou Rui Rio, para logo depois lançar o repto que definirá o seu destino político: "Seguem-se as Legislativas. Ou o PSD chega a outubro como alternativa ao PS ou não há alternativa ao PS".

Para o presidente do PSD "Portugal precisa de uma alternativa face à degradação dos serviços públicos na Saúde, Educação e Segurança Social". "Os portugueses precisam de alguém para quem olhem e digam: ‘pode ser este!’ E este somos nós", diz Rio, que, no entanto, tempera este desafio com um apelo ao consenso que é quase um piscar de olhos aos socialistas: "os partidos têm de ser capazes de dialogar por Portugal. Temos de reformar o sistema político e nenhum pode fazê-lo sozinho. Temos de reformar a Justiça e nenhum pode fazê-lo sozinho".

Recados internos

Garantindo que tem condições para levar o PSD a um bom resultado em outubro, o líder do PSD não deixou de mandar recados aos seus adversários internos ao dizer que "se já foi difícil andar um ano com turbulência interna e chegar a eleições assim, como não será chegar a outubro se decidirem fazer a mesma coisa". Já o cabeça de lista, Paulo Rangel, afirmou que o primeiro-ministro "nacionalizou a campanha eleitoral", e que o PSD tentou "introduzir temas europeus", mas não foi bem-sucedido.

Adeus à Europa

Carlos Coelho, eurodeputado há mais de 20 anos, vai deixar o Parlamento Europeu. Ao concorrer em sétimo lugar na lista do PSD não conseguiu ser eleito, teve um especial elogio de Rui Rio.

Paulo Rangel não se sente "sozinho"

"Não me sinto sozinho. Cada um tem a sua missão. Cada um tem o seu papel. Eu tenho meu e assumo as minhas responsabilidades como cabeça de lista", afirmou Paulo Rangel durante o discurso em que assumiu a derrota.

SAIBA MAIS

37,4%

No primeiro ato eleitoral em Portugal para o Parlamento Europeu, em julho de 1987, o PSD ganhou com 37,4% dos votos, elegendo 10 deputados, entre eles Pedro Santana Lopes, que encabeçava a lista dos sociais- -democratas.

Partido Popular Europeu

O PSD integra o grupo do Partido Popular Europeu (PPE) em conjunto com o CDS. É a maior família política europeia e contabilizou, na última legislatura, 217 deputados (dos quais oito são portugueses). O presidente é o alemão Manfred Weber. 

CRONOLOGIA DE SOUSA

12h30

Rui Rio votou em Massarelos, no Porto. Antes, já Paulo Rangel tinha votado na Pasteleira, também no Porto.

19h36

José Silvano nas primeiras declarações fala em "mudança".

22h21

Paulo Rangel reconhece a derrota e diz que o PSD não atingiu os objetivos.

22h55

Rio faz a sua intervenção final e dá o tiro de partida para a campanha das Legislativas.

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