Ex-líder parlamentar pede ao líder do PSD que marque diretas para evitar “derrota humilhante” nas legislativas.
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Luís Montenegro, ex-líder parlamentar do PSD, fez um duro ataque a Rui Rio, desafiando-o a marcar eleições diretas para evitar uma "derrota humilhante" do partido nas legislativas. Rui Rio, o atual líder, diz que vai responder "em breve" mas, segundo fontes contactadas pelo CM, dificilmente vai abdicar do lugar.
Rio quer ver Montenegro e os apoiantes a forçarem a destituição da atual direção. Marcelo Rebelo de Sousa, agora Chefe de Estado, vai tentando mediar o conflito, sem o assumir.
"Estou disponível para me candidatar de imediato à liderança do PSD, convidando Rui Rio a marcar já eleições diretas e a apresentar a sua própria candidatura. Este combate não é pessoal, é um confronto entre duas estratégias: de um lado, Rui Rio e a sua ideia de um partido pequeno, perdedor, satélite do PS, complacente com António Costa, sem agenda reformista e sem causas que mobilizem; do outro lado, a estratégia que defendo, assente na ideia de um PSD grande, ganhador, com vocação maioritária, autónomo do PS", disse Montenegro numa declaração no Centro Cultural de Belém.
Para o ex-deputado, "se nada for feito, o PSD corre o risco de ter uma derrota humilhante" e entrar "num processo de enfraquecimento que pode ser brutal e irreversível".
No Porto, Rio afirmou que responderá "em breve" a Montenegro. "Não vou fazer de conta que nada aconteceu, mas eu corro mais fundo e meio fundo", afirmou após uma reunião com Marcelo.
Várias fontes próximas da direção adiantam ao CM que Rio deverá esperar que sejam entregues as assinaturas para marcar o conselho nacional extraordinário, aguardando que os apoiantes de Montenegro assumam a moção de censura. Há quem admita que, do outro lado, seja apresentada uma moção de confiança. Têm sido feitos contactos para avaliar o posicionamento de cada conselheiro nacional.
Após o encontro com Rio, Marcelo garantiu que falaram sobre descentralização e temas pendentes no Parlamento. "A vida do PSD é com o PSD", garantiu. Na segunda-feira, Marcelo recebe Luís Montenegro. A serem marcadas eleições, há mais dois nomes que se perfilam - Pedro Duarte e Miguel Morgado.
Direção acusa "golpe de Estado"
Depois de o ex-líder parlamentar ter desafiado Rui Rio, Isabel Meirelles voltou a falar, mas já só a título pessoal, para criticar o "tom politiqueiro".
PERFIS
Luís Montenegro
Tem 45 anos, é advogado e começou na estrutura partidária como presidente da concelhia de Espinho da JSD. Foi eleito deputado pela primeira vez em 2002 e, em 2010, chegou à direção do grupo parlamentar, como ‘vice’. Em 2011, subiu à liderança parlamentar, que deixou em julho de 2017 por limite de mandatos. Depois de Passos Coelho deixar a liderança do PSD, os passistas passaram a vê-lo como o sucessor natural.
Pedro Duarte
Foi líder da JSD, deputado à Assembleia da República, eleito sucessivamente em quatro legislativas entre 1999 e 2009. Foi ainda ‘vice’ do grupo parlamentar do PSD e secretário de Estado da Juventude do governo Santana Lopes. Em 2011, Pedro Duarte, hoje com 45 anos, foi trabalhar para a Microsoft como diretor de Corporate Affairs. Só voltou à política ativa em 2016 para dirigir a campanha de Marcelo Rebelo de Sousa nas eleições presidenciais.
Miguel Morgado
Aos 44 anos, é doutorado em Ciência Política e professor universitário. Cumpre o seu primeiro mandato como deputado à Assembleia da República, eleito pelo círculo do Porto, e é também vice-presidente da bancada liderada por Fernando Negrão. Foi assessor político de Pedro Passos Coelho.
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